Prisão de Jeimes Cassiano Lisboa
Jeimes Cassiano Lisboa, conhecido pelo apelido de “Jeimes” ou “Lavezzi”, foi um dos oito indivíduos detidos durante a Operação Êxodo, que teve como alvo traficantes no Complexo de Israel, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. A operação ocorreu no dia 10 de outubro e contou com a colaboração das forças de segurança da Bahia. Jeimes era identificado como um dos líderes de uma facção criminosa ativada no bairro da Mata Escura, em Salvador.
Detalhes da Operação
O suspeito foi encontrado em um motel próximo à Avenida Brasil, acompanhado por mais três pessoas. No local ainda estavam duas mulheres e uma adolescente, que não foram presas. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que Jeimes Cassiano possuía dois mandados de prisão em aberto, sendo acusado de diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, porte ilegal de armas, homicídios contra rivais, roubos e corrupção de menores.
Relacionamentos Criminosos
Conforme investigações da TV Bahia, Jeimes Cassiano era considerado um alvo prioritário pela polícia da Bahia, e se encontrava escondido no Complexo de Israel. Ele tinha ligação com Alvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, que é o chefe do Terceiro Comando Puro e possui 35 registros criminais. Embora a polícia tenha investigado dois imóveis atribuídos a Peixão, ele não foi encontrado durante a operação, apesar de informações de que estaria em uma das residências, com um lago artificial.
A Influência de Peixão
Em 2020, durante a pandemia, Peixão renomeou a região do Complexo de Israel, que inclui comunidades como Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau. Nessa área, o traficante estabeleceu um controle considerável, espalhando a imagem da estrela de Davi, um símbolo associado a determinadas correntes evangélicas, e expulsando pessoas de religiões de matriz africana.
Atividades Criminosas de Peixão
Um relatório da Polícia Civil caracteriza Peixão como mandante de uma série de homicídios, torturas e invasões armadas. Ele também é descrito como responsável por administrar os aluguéis e taxas dos negócios que operam dentro de sua região de influência. Sua quadrilha está sendo investigada por envolvimento em organização criminosa, tráfico de drogas e roubo, com o processo tramitando na Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.