Prisão de Suspeita de Homicídio em Porto Alegre
Na manhã do dia 16 de outubro, uma mulher de 42 anos foi detida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sob a suspeita de ter assassinado uma gestante de 25 anos chamada Paula.
Motivação do Crime
A delegada Graziela Zanelli, responsável pelo caso, informou que a suspeita teria cometido o crime na tentativa de se passar pela mãe da criança que a vítima esperava. Segundo a delegada, “tudo leva a crer que o crime foi extremamente premeditado”.
Desaparecimento da Vítima
A família de Paula registrou seu desaparecimento na noite de segunda-feira, 14 de outubro. Durante esse período, a suspeita teria convidado a vítima para sua casa, prometendo-lhe um carrinho de bebê. Vale ressaltar que ambas moravam no mesmo condomínio.
Investigação e Descobertas
Na noite de terça-feira, a polícia foi acionada para comparecer ao Grupo Hospitalar Conceição, onde uma mulher afirmava ter entrado em trabalho de parto. No entanto, os exames realizados contradiziam sua alegação.
Após a denúncia, a polícia se dirigiu à residência da suspeita, onde encontrou o corpo de Paula envolto em cobertores e protegido por um saco plástico, escondido embaixo da cama. A perícia revelou que Paula tinha lesões na cabeça e no abdômen, sendo que este último indicava a retirada do bebê. A investigação ainda não determinou qual instrumento foi utilizado para cometer o crime.
Limpeza da Cena do Crime e Forjamento do Nascimento
Na casa da suspeita, a polícia encontrou o quarto onde o crime ocorreu com sinais de limpeza, o que sugere uma tentativa de eliminar vestígios. Além disso, a suspeita teria simulado o nascimento da criança na sala e solicitado ajuda a uma vizinha em seguida.
A investigação não encontrou evidências de que outras pessoas tenham participado do crime. A delegada salientou que a suspeita demonstrava uma forte determinação em ter uma criança, independentemente de a origem ser legítima.
Histórico da Suspeita
Desde agosto, a mulher havia convencido amigos e familiares, inclusive seu marido, de que estava grávida. Seu esposo revelou que ela já tinha dois filhos, mas que havia perdido outros bebês, o que gerava frustração em relação à maternidade.
Outros elementos que apontam para a premeditação incluem o fato de que a suspeita abordou Paula no dia do próprio aniversário, esperando que o bebê nascesse na mesma data. A família de Paula não estava ciente da amizade entre ela e a suspeita, que se estreitou apenas no final da gravidez.
Desdobramentos Legais
A mulher foi indiciada pela Polícia Civil e decidiu permanecer em silêncio durante seu depoimento. O marido foi ouvido e liberado posteriormente. Até o momento, não há informações de que ela tenha tentado atrair outras mulheres para meios semelhantes. O material apreendido na casa passará por perícia.