Queda do Risco-País da Argentina
Na última sexta-feira, dia 25 de outubro, o risco-país da Argentina foi registrado em um patamar abaixo de 1.000 pontos. Essa diminuição é atribuída a sinais de recuperação econômica, que aliviam as pressões sobre os próximos vencimentos da dívida, além de trazer esperança em relação à recuperação do país.
Análise do Mercado e Impactos
O índice de referência do mercado, calculado pelo banco JP Morgan, apresentou uma queda de 39 pontos, estabelecendo-se em 997 pontos-base. Este é o nível mais baixo desde a reformulação do indicador, ocorrida em 2019 após a reestruturação da dívida soberana.
Os profissionais do mercado afirmam que esse patamar não era observado desde setembro de 2019, destacando que a composição dos títulos é diferente da época.
Desempenho do Mercado de Ações
No cenário de ações, o S&P Merval, principal índice de Buenos Aires, subiu 1,4%. Esse aumento decorre da valorização dos ADRs locais em Nova York, e o índice alcançou um pico intradiário histórico de 1.880.118,37 pontos. Em média, a dívida de balcão cresceu 0,7%, suportada pelas emissões “Globais”.
Fatores de Estímulo à Recuperação
A empresa Portfolio Personal Inversiones mencionou que diversos fatores podem ter contribuído para essa valorização dos ativos argentinos. Entre os principais, destacam-se:
- Progresso nas negociações de recompra com instituições financeiras;
- Financiamento por meio de agências multilaterais, que garante os pagamentos da dívida soberana no próximo ano.
Movimentações no Mercado Cambial
No setor cambial, o peso interbancário operava sob a supervisão do Banco Central da Argentina (BCRA) com cotação de 986 por dólar. Os segmentos alternativos permaneceram estáveis, beneficiando-se de maior liquidez no mercado.
As cotações do peso argentino eram as seguintes:
- 1.175,6 unidades no mercado spot com liquidação “CCL”;
- 1.155,6 no dólar “MEP”;
- 1.215 unidades no mercado paralelo, também conhecido como “blue”.