Impactos da Seca em Poços de Caldas
A seca que aflige a região tem gerado sérios impactos na disponibilidade de água em Poços de Caldas, Minas Gerais. Atualmente, a Represa Saturnino de Brito opera com apenas 20% de sua capacidade, enquanto a represa do Cipó, a maior reserva do município, está com menos de 40% de sua capacidade total.
Situação Atual do Abastecimento
A última chuva significativa ocorreu há cerca de seis meses, e mesmo com a prova da chuva ocorrida recente, a situação hídrica ainda é crítica. A Represa Saturnino de Brito é responsável pelo abastecimento da Estação de Tratamento de Água (ETA) que atende a região Leste da cidade. Carlos Roberto Passos, que reside e possui um comércio local, relata como tem gerenciado a escassez:
- Ele utiliza a água da rua para encher sua caixa d’água.
- Adota medidas de economia para evitar a falta de água.
Em um depoimento, Passos destacou a situação difícil: “Em minha casa, hoje, não tinha água e, aqui [no comércio], também, até às 7h, não tinha água.” Ele também observou que muitos não têm consciência do problema, comparando o uso excessivo com atividades como lavar calçadas e carros.
Rodízio no Abastecimento
Em resposta à crise, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) implementou um rodízio no abastecimento há aproximadamente um mês, com interrupções que podem durar até cinco horas por dia. A Zona Leste é a área mais afetada por essas medidas.
Outras ações estão sendo realizadas pelo DMAE, como:
- Utilização de bombas para captar água do volume morto da represa Saturnino de Brito.
- Importação de água da ETA 5, embora a quantidade ainda não seja suficiente.
De acordo com Paulo Silveira, supervisor de controle de operações do DMAE, o departamento evita o termo “racionamento”, preferindo referir-se às intervenções como “manobras” para atender às necessidades mais urgentes. Ele afirma: “Essas manobras vão se alternando para que as pessoas não fiquem mais do que quatro, cinco horas sem água.”