Agradecimento de Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou nesta quinta-feira, 24 de outubro, sua gratidão aos países parceiros, como Brasil e China, por dedicarem atenção à guerra na Ucrânia e buscarem formas de resolver o conflito.
Putin afirmou: “Como se sabe, a China e o Brasil apresentaram a iniciativa [de paz] durante a Assembleia-Geral [da ONU] em Nova York, e muitos países que fazem parte dos Brics apoiam essa iniciativa. Agradecemos muito aos nossos parceiros por se interessarem por esse conflito e tentarem encontrar soluções.”
Ele também mencionou que “todos desejam que esse conflito termine o mais rapidamente possível, de preferência por meio pacífico”.
Proposta de Paz Brasil-China
Em maio, Brasil e China apresentaram um conjunto de medidas com a finalidade de “desescalar o conflito” na Ucrânia. O documento propõe a negociação direta entre os países envolvidos seguindo três princípios:
- Não expansão do campo de batalha;
- Não escalada dos combates;
- Não inflamação da situação.
Além disso, o Itamaraty e a chancelaria chinesa solicitaram o fim dos bombardeios à infraestrutura civil e o estabelecimento de uma zona segura ao redor de usinas nucleares localizadas nas duas bordas da fronteira.
Críticas à Proposta
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a proposta de paz durante sua fala na Assembleia Geral da ONU, acusando-a de ser “destrutiva” e de funcionar apenas como uma declaração política.
Zelensky questionou: “E quando a dupla chinesa-brasileira tenta aumentar um coro de vozes — com alguém na Europa, com alguém na África, dizendo algo diferente de uma paz completa e justa, surge a pergunta: qual é o verdadeiro interesse?”.
Desafios para o Acordo
No mesmo dia, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que o processo para um acordo não é fácil, mas ressaltou a necessidade de encontrar um “denominador comum” entre Rússia e Ucrânia.
Ele comentou: “Há uma proposta da China que tem sido elogiada por algumas pessoas, junto com o Brasil, e estamos dispostos a saber se os dois países estão interessados em conversar, porque, se não houver interesse de ambos, não há conversa.”