Introdução ao Observatório Popular do Mar (Omara)
O Observatório Popular do Mar, conhecido como Omara, é uma iniciativa criada pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap). Este projeto, iniciado em 2023, tem como objetivo principal auxiliar na tomada de decisões que visam reduzir os impactos das mudanças climáticas na região costeira amazônica, promovendo o acesso a informações sobre o mar amazônico na costa do Amapá.
Envolvimento das Comunidades Ribeirinhas
O Omara busca envolver as comunidades ribeirinhas na observação dos fenômenos marítimos e seus efeitos sobre a vida dos habitantes locais. Dentre os problemas enfrentados por essas comunidades, destacam-se:
- Salinização dos rios
- Erosão
- Inundações
Fases do Projeto
Atualmente, o projeto se encontra na segunda fase, focando na conscientização e no compartilhamento dos dados já coletados. A primeira etapa consistiu em reunir membros da comunidade para explicar os processos envolvidos e estimulá-los a se envolver no projeto.
A Identidade Amazônida
A coordenadora do Omara, Janaina Calado, enfatiza que a identidade do povo do norte está profundamente ligada aos rios. Ela afirma:
“A identidade do povo amazônida está muito relacionada às florestas e rios. Só que temos uma imensa Amazônia costeira marinha, que ainda é muito pouco conhecida e pouco conectada à vida das pessoas. O Omara permite que a gente conecte essas informações, fazendo com que as pessoas se entendam como populações costeiras.”
Importância do Monitoramento
Carlos Augusto Ferreira, um morador da comunidade do Limão do Curuá, ressalta a importância do monitoramento. Ele declara:
“A gente acredita muito nesse processo de acompanhamento das terras afetadas aqui na região. Para nós, como produtores, agricultores e extrativistas, isso vai contribuir muito para nosso trabalho dentro da floresta.”
Estações de Monitoramento e Disseminação de Dados
No momento, o Omara conta com 11 estações de monitoramento que abrangem a região estuarina do Beira Amazonas, o Arquipélago do Bailique e a costa da ilha do Marajó. O projeto também envolve comunidades em Chaves, no canal sul do rio Amazonas, no Pará. A divulgação dos dados obtidos na pesquisa está prevista para novembro.