Intensificação das Operações Militares de Israel
Israel aumentou suas operações militares contra o Irã, conduzindo uma segunda rodada de ataques que atingiram alvos no sul do território iraniano e na Síria, conforme relatado por veículos da imprensa israelense.
A escalada do conflito foi destacada pelo professor Sandro Teixeira Moita, especialista em Ciências Militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), durante sua participação em um programa na última sexta-feira (25).
De acordo com Moita, os ataques estão em curso, com novos alvos sendo reportados nas horas mais recentes. Ele afirmou: “A gente está vendo que os ataques continuam. Agora parece que, há meia hora atrás, a imprensa israelense começou a publicar que uma segunda onda de ataques ao sul do Irã e também alguns alvos na Síria foram lançados”.
Foco em Instalações Militares
O professor ressaltou que os alvos identificados até o momento estão relacionados às capacidades militares do Irã, especialmente as instalações de mísseis da Guarda Revolucionária. Essa abordagem indica uma estratégia deliberada por parte de Israel, evitando atacar instalações nucleares ou de petróleo iranianas.
Moita interpretou essa decisão como uma “vitória americana”, ao conter Israel do ataque a alvos mais sensíveis do programa nuclear iraniano. Ele explicou: “É uma vitória de certa maneira americana de ter contido Israel quanto ao seu ímpeto de atacar algumas instalações iranianas do programa nuclear e da questão de energia.”
Escalada do Conflito
O especialista alertou sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã, qualificando as ações recentes como “uma escalada ousada por parte de Israel”. Ele enfatizou que essa situação faz parte de uma “guerra nas sombras” que os dois países vêm travando ao longo de décadas, a qual está se tornando mais evidente e aberta.
Moita também citou a declaração do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que havia prometido um contra-ataque a qualquer ofensiva israelense. O professor expressou sua preocupação com o futuro incerto da situação no Oriente Médio, afirmando: “A gente realmente está entrando no momento do desconhecido na região, infelizmente.”