Incidente de E. coli no McDonald’s
Após um surto de E. coli associado ao sanduíche Quarteirão na região oeste dos Estados Unidos, que resultou em uma morte e 10 hospitalizações, o McDonald’s iniciou um intenso processo de controle de danos.
Joe Erlinger, presidente do McDonald’s nos EUA, afirmou em programa de TV que está confiante na segurança de seus produtos. Segundo ele, os consumidores podem continuar a frequentar os restaurantes da rede sem preocupações.
Alerta do CDC
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) emitiram um alerta na terça-feira, informando sobre pelo menos 49 casos de intoxicação alimentar em dez estados, com a maioria dos casos registrados no Colorado e Nebraska. As investigações indicam que a maioria das pessoas afetadas tinha consumido o Quarteirão do McDonald’s.
Erlinger anunciou que o McDonald’s tomou medidas imediatas, retirando o sanduíche de seu cardápio. Ele afirmou que qualquer produto contaminado na cadeia de suprimentos já foi provavelmente eliminado.
Após o incidente, as ações da empresa caíram quase 7% na abertura dos mercados, marcando um dos piores dias desde o início da pandemia de Covid-19.
Lições do Chipotle
O desenrolar desta situação traz à mente os desafios enfrentados pelo Chipotle, que lidou com surtos de E. coli e norovírus desde 2015. Durante esse período, as ações da empresa despencaram, perdendo dois terços de seu valor.
Em resposta a esses surtos, o Chipotle adotou novas estratégias sob a liderança de Brian Niccol, que implementou treinamentos rigorosos de segurança alimentar e recuperou a confiança dos consumidores. Em apenas um ano após essas mudanças, as ações da empresa já haviam se recuperado completamente.
No entanto, o surto atual envolvendo o McDonald’s parece ser um problema isolado de abastecimento, predominante devido à contaminação de fatias de cebola. A rede suspendeu o uso destes produtos em várias localidades, conforme indicado pelo CDC, enquanto investigações continuam.
Histórico de Escândalos Alimentares
O McDonald’s já enfrentou outros escândalos relacionados à segurança alimentar. Em 2003, um fornecedor foi implicado em um caso de doença da vaca louca, que momentaneamente afetou as ações da empresa. Anos depois, o documentário Super Size Me ajudou a despertar críticas sobre os itens do cardápio da rede, resultando na eliminação das opções de “supersize”.
Em 2011, o uso do “limo rosa”, uma carne tratada com hidróxido de amônio, se tornou foco de controvérsia, levando a empresa a interromper seu uso e gerar desconfiança que perdurou por anos.
Um dos mais famosos incidentes ocorreu em 1992, quando uma mulher processou a empresa após sofrer queimaduras por ter derramado café extremamente quente em seu colo. O júri reconheceu que a temperatura do café era excessiva, resultando em uma indenização inicial de quase US$ 3 milhões, que posteriormente foi reduzida para cerca de US$ 480 mil.