Contexto do Curso e Críticas Recebidas
O curso de antirracismo foi oferecido pela Universidade Nova de Lisboa, especificamente no Observatório do Racismo e Xenofobia da Faculdade de Direito. Ele foi inicialmente anunciado como uma Pós-Graduação em Racismo e Xenofobia, mas provocou uma onda de críticas e indignação que levou ao seu cancelamento.
O Motivo da Indignação
A proposta do curso incluía um corpo docente composto exclusivamente por professores brancos e um módulo intitulado “O racismo existe mesmo?”. Essa combinação foi vista como problemática e gerou protestos significativos entre a comunidade negra em Portugal.
Vozes que se Levantaram
Dentre os protestos, destaca-se a voz da jornalista Paula Cardoso, fundadora da Afrolink, uma organização que busca promover a diversidade na sociedade portuguesa. Ela expressou que um observatório sobre racismo liderado por pessoas brancas é um verdadeiro insulto. Para ela, essa situação é comparável a uma organização que luta contra a discriminação de gênero composta apenas por homens.
Justificativas da Faculdade
A direção da faculdade tentou se justificar, alegando que fizeram esforços para montar um corpo docente diversificado, mas que não encontraram disponibilidade de profissionais não brancos. Além disso, afirmaram que não tinham a intenção de minimizar questões importantes ou discriminar qualquer grupo.
Críticas ao Título e Abordagem do Curso
Os críticos do curso não apenas destacaram a composição do corpo docente, mas também questionaram a própria nomenclatura e a abordagem proposta. Muitas pessoas ressaltaram que colocar em dúvida a existência do racismo é ignorar e desacreditar a experiência e o pensamento da comunidade negra.