O Ataque a Altamir Senna Oliveira Junior
Altamir Senna Oliveira Junior, conhecido como Mizinho, foi alvo de um atentado no Rio de Janeiro logo após sair da prisão no ano passado. Ele foi baleado por tiros de fuzil, mas sobreviveu ao ataque. O suspeito envolvido no caso, que já estava detido, permanece na Unidade Prisional da Polícia Militar aguardando julgamento.
Prisão de Thiago Alves Benício
Na última segunda-feira (7), agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) cumpriram um mandado de prisão contra o policial militar Thiago Alves Benício, suspeito de estar ligado à tentativa de assassinato de Mizinho. O incidente ocorreu em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Mizinho estava sob investigação por sua relação com o contraventor Bernardo Bello.
Desdobramentos da Investigação
Thiago Alves Benício já estava detido em razão da apreensão de documentos suspeitos em sua residência. Ele agora enfrenta um novo mandado de prisão temporária, e as investigações prosseguem para identificar outros possíveis envolvidos no crime. A análise de celulares e documentos apreendidos revelou evidências que ligam Thiago ao atentado.
Detalhes da Apreensão
Em agosto deste ano, durante uma busca na casa de Thiago, foram encontrados diversos objetos, entre eles:
- Pistola com numeração raspada
- Carregadores
- Toucas ninja
- Luvas
- Dinheiro em espécie sem origem comprovada
Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
O Contexto do Ataque
No momento do ataque, Mizinho, que é policial penal e trabalha na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio (Seap), havia acabado de deixar a prisão. Ele responde por acusações de organização criminosa e corrupção ativa.
Registro do Crime
Imagens de segurança capturaram o momento em que Altamir foi atacado. O vídeo mostra Mizinho saindo de casa e entrando em seu carro, quando três homens encapuzados se aproximam. Dois deles estavam armados com fuzis, enquanto o terceiro portava uma pistola. Durante a perseguição, os criminosos dispararam diversas vezes, atingindo imóveis nas proximidades.
Ligação com o Jogo do Bicho
No final de 2022, Mizinho foi um dos alvos de uma operação do Ministério Público do Estado (MPRJ) que visava desmantelar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro ligado ao jogo do bicho. Na ação, foram encontrados em sua residência R$ 31.800 em dinheiro vivo. Ele foi preso e denunciado por organização criminosa e corrupção ativa.
Atividade Política de Mizinho
Mizinho também tentou a carreira política ao se candidatar a deputado federal em 2022. Ele recebeu R$ 1,35 milhão do Fundo Eleitoral para sua campanha. Após as prestações de contas, Mizinho declarou ter gastos totais de R$ 1,45 milhão, resultando em uma dívida de campanha de R$ 100 mil. Seu lema de campanha era “Fazer a diferença”, e ele obtivera 7,8 mil votos, conquistando o status de suplente de deputado federal.
Relação com Bernardo Bello
Segundo as investigações da Operação Fim da Linha, Mizinho atuava como intermediário para o contraventor Bernardo Bello. O MPRJ alegou que ele participava de reuniões com outros contraventores e milicianos a serviço de Bello.
Comunicações Comprometedoras
A denúncia apresentada inclui mensagens que revelam o relacionamento entre Mizinho e Bernardo Bello. Em uma troca de mensagens, Mizinho se identifica como “bandido” e reafirma seu compromisso com a atividade criminosa, mencionando sua experiência. Ele se referia a Bello como “irmão”, destacando sua lealdade e envolvimento no crime há mais de duas décadas.