Introdução
Uma história trágica ocorreu em Correia Pinto, Santa Catarina, quando uma bebê de 8 meses foi retirada de seu próprio velório. A situação gerou grande comoção entre os familiares, que acreditaram que a criança ainda estava viva após perceberem movimentos em seu corpo. O hospital, no entanto, atestou a morte da menina em duas ocasiões distintas.
A primeira declaração de óbito
O hospital anunciou a morte da bebê na madrugada de sábado (19), mas durante a cerimônia de despedida, familiares notaram o que parecia ser um movimento da mão da criança. Diante disso, os bombeiros foram acionados e a bebê foi levada de volta à unidade médica, onde a morte foi confirmada uma segunda vez.
Perícia e constatações
Uma perícia solicitada pelo Ministério Público revelou que a bebê não apresentava sinais vitais durante o velório. De acordo com o pediatra João Guilherme Bezerra Alves, é possível que ocorram espasmos cadavéricos, que são movimentos involuntários que podem surgir após a morte.
Relato da família
O pai da menina, Cristiano Santos, lembrou que pessoas no velório vizinho começaram a comentar que o corpo da bebê parecia quente. Ele afirmou:
- “O pessoal começou a vir ali, pegar na menina e saía com semblante diferente.”
- “A gente encostava, percebia que ela estava quente.”
Com base nas informações de terceiros, a família acreditou que a menina poderia estar viva, o que aumentou a esperança ao levá-la de volta ao hospital. Porém, o atestado de óbito foi confirmado novamente.
O que aconteceu durante o velório
Os familiares relataram que, durante a cerimônia, a criança apresentava batimentos cardíacos fracos e temperatura corporal normal, levando os socorristas a realizarem novos exames. A análise pericial foi emergencial, e o laudo inicial indicou que a morte ocorreu por volta das 3h do dia 19 de outubro.
Causas da morte
Em declarações à família, o médico responsável inicialmente diagnosticou as condições da bebê como uma virose, e a causa oficial da morte foi apresentada como asfixia por vômito, mas outras condições também foram citadas no atestado de óbito. A prefeitura local se manifestou oferecendo apoio à família e garantindo a investigação do caso.
Movimentos involuntários e explicações médicas
O pediatra João Guilherme Bezerra Alves explicou que é comum que pessoas, especialmente bebês, tenham movimentos involuntários após a morte. Esses movimentos, gerados por reações químicas nos músculos, podem ocorrer antes da rigidez pós-morte, mas não devem ser confundidos com sinais de vida.