Investigação sobre o Desvio de Morfina em Hospital
Uma investigação revelou que alguns funcionários de um hospital estariam desviando morfina para vendê-la a pacientes, incluindo Gesielly Fernandes da Silva, que faleceu devido a uma overdose de anestésicos. A Polícia Civil está apurando há quanto tempo esses desvios aconteciam no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin), localizado na Região Metropolitana, e quais eram os envolvidos.
1 – Desvio de Medicamentos
No dia 16 de outubro, a Polícia Civil realizou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão no Hetrin. A investigação revelou que técnicos de enfermagem e enfermeiros estavam negociando morfina, tramal e tramadol. Após a denúncia, o hospital se manifestou, informando que estava colaborando com as investigações e demitiu pelo menos cinco funcionários envolvidos.
2 – Prisão de Funcionária
Durante a operação, uma funcionária foi presa, mas posteriormente liberada devido a um habeas corpus. Em sua casa, foram encontrados mais de 130 medicamentos. Em depoimento, ela alegou que os medicamentos pertenciam ao hospital e a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde afirmou ter trabalhado. Apesar disso, a suspeita negou ter furtado os remédios, argumentando que eram de pacientes que não os aceitaram.
3 – Depressão e Dependência de Morfina
A irmã de Gesielly, Jhessica Fernandes, relatou que a técnica de enfermagem estava enfrentando depressão e se tornou dependente de morfina para lidar com as dores. Jhessica comentou que, quando não havia opção de compra, os funcionários do hospital forneciam o medicamento à sua irmã. Prints de conversas mostram Gesielly tentando negociar a morfina com uma funcionária do Hetrin.
4 – Demissão Após Denúncia
Uma ex-funcionária do hospital declarou que foi demitida após alertar sobre o desaparecimento de medicamentos. Apesar de seu relato, o Hetrin negou as acusações, afirmando que as práticas da unidade eram conduzidas com responsabilidade e compromisso.
5 – O Que Falta Ser Esclarecido?
A investigação da Polícia Civil está em andamento, buscando entender a duração dos desvios e se os funcionários realizavam práticas semelhantes em outros hospitais. O delegado Thiago Martinho está à frente das apurações.