Repatriação de Brasileiros e Estrangeiros do Líbano
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou voos para trazer de volta ao Brasil cidadãos que estavam no Líbano e desejavam deixar a área marcada pela guerra. A maioria dos passageiros que ganharam “carona” nas aeronaves brasileiras eram libaneses.
Um levantamento feito pelo governo brasileiro revelou que, nos dois primeiros voos, foram transportados um total de 77 estrangeiros, que incluíam parentes de brasileiros e outros nacionais que embarcaram a pedido de seus governos.
Contexto do Conflito
Com o aumento do conflito entre o governo de Israel e o grupo extremista Hezbollah, o Brasil decidiu repatriar seus cidadãos no Líbano, que está sendo alvo de intensos ataques aéreos.
Voos Realizados
Desde o início da semana, a FAB já trouxe de volta cerca de 450 pessoas, entre brasileiras e estrangeiros. Está programado um terceiro voo para decolar de Beirute, com destino ao Brasil.
- Primeiro Voo: 39 libaneses e 2 uruguaios
- Segundo Voo: 27 libaneses, 6 paraguaios, 2 venezuelanos e 1 argentino
Desses 77 estrangeiros, 41 foram trazidos no primeiro voo e 36 no segundo. O governo brasileiro esclareceu que os libaneses, argentinos e venezuelanos eram parentes de brasileiros, enquanto os paraguaios e uruguaios embarcaram a pedido de seus governos.
Colaboração Internacional
Um representante do governo comentou que é comum que países solicitem apoio em situações emergenciais. Essa colaboração é normal, principalmente em circunstâncias de crise.
Detalhes dos Voos
A aeronave utilizada para a repatriação foi o KC-30, com capacidade para 230 pessoas. O comandante da Força Aérea, brigadeiro Marcelo Damasceno, mencionou que é possível repatriar até 500 pessoas por semana, dependendo das condições no Líbano, que podem alterar se houver um aumento ou diminuição nos bombardeios.
Assistência aos Brasileiros e Seus Parentes
Com a intensificação do conflito no Líbano, a embaixada brasileira em Beirute disponibilizou um formulário para que brasileiros possam informar se necessitam de ajuda, seja para repatriação ou orientações sobre serviços públicos, como assistência policial e hospitalar.
O formulário pode ser preenchido por brasileiros e por estrangeiros que sejam parentes de primeiro grau, como pais, mães e filhos. O Itamaraty ressaltou que o objetivo é manter as famílias unidas, permitindo que também parentes estrangeiros tenham acesso à ajuda, seja através da repatriação ou assistência no Líbano.
Ao chegar ao Brasil, os parentes estrangeiros que forem resgatados receberão orientações sobre documentação e acesso a serviços públicos.