Desabafos da Família de José Victor Miranda dos Santos
Em entrevista ao Fantástico, a família de José Victor Miranda dos Santos, torcedor do Cruzeiro, expressou sua indignação e dor após o assassinato do jovem em uma emboscada realizada por torcedores da Mancha Alviverde. O pai de José Victor, durante a conversa, descreveu a situação como uma verdadeira “tortura”.
A Mãe Clama por Justiça
Jaqueline Alves, mãe do torcedor, não hesitou em afirmar que o filho foi vítima de “covardia” e “brutalidade”. Ela buscou justiça para que a trágica perda de José Victor não se torne apenas mais um número nas estatísticas de violência. Segundo ela:
- “Como mãe, eu não quero vingança e sim justiça porque o que eles fizeram foi muita covardia.”
- “Meu filho estava dormindo. Isso dói.”
- “Queremos Justiça.”
O Dia do Trágico Acontecimento
José Victor, de 30 anos, faleceu no dia 27 de outubro, quando o ônibus da torcida organizada Máfia Azul foi atacado por integrantes da torcida Mancha Alviverde na rodovia Fernão Dias, na região metropolitana de São Paulo.
Jaqueline destacou que o filho sempre mantinha contato e, no dia do ataque, havia enviado uma mensagem avisando que iria para Curitiba e retornaria no domingo. Ela o descreveu como um homem dedicado e carinhoso, especialmente com seu filho.
Lembranças e Características de José Victor
José Geraldo, pai de José Victor, acrescentou que seu filho era conhecido por seu caráter altruísta e carismático. Ele disse:
- “Sempre disponível para ajudar as pessoas.”
- “Era amado por todos.”
- “A tortura que meu filho passou acabou com a nossa vida.”
Miguel Henrique, de 10 anos, filho de José Victor, falou sobre a relação especial que tinha com o pai, destacando que ele sempre se preocupava com seu bem-estar.
A irmã de José Victor, Júnia, relembrou como a paixão do irmão pelo Cruzeiro e pelo seu filho era intensa, e todos na família sentem profundamente sua falta. José Victor era conhecido na cidade de Sete Lagoas, em Minas Gerais, por sua alegria e pelo famoso bordão “O último apaga a luz” ao se despedir das reuniões da torcida.
Repercussão e Prisões
Após o ataque, a Polícia Civil prendeu Alekssander Ricardo Tancredi, um dos suspeitos de participar da emboscada. Oito outros torcedores palmeirenses foram identificados, mas apenas ele foi detido até o momento.
Posicionamento das Torcidas
A Mancha Alviverde se manifestou através de suas redes sociais, negando qualquer envolvimento na organização do ataque e lamentando a violência. Da mesma forma, a Máfia Azul repudiou o ocorrido. Ambas as torcidas ressaltaram a importância de acabar com a violência no esporte.
O clube Palmeiras também se manifestou oficialmente, expressando seu repúdio às cenas de violência entre torcedores, enquanto o Cruzeiro lamentou mais este episódio trágico e pediu um fim aos atos criminosos.