A Jornada de Elza Pereira de Lima
Elza Pereira de Lima, uma moradora de Guarujá, São Paulo, decidiu mudar de vida. Aos 34 anos, ela pediu demissão de seus dois empregos para realizar um sonho que a acompanhava há anos: conhecer a Chapada Diamantina, na Bahia. Para isso, Elza planejou uma viagem de bicicleta que pretende cobrir aproximadamente dois mil quilômetros.
Os Preparativos
Elza, que trabalhou como assistente administrativa e na área comercial de engenharia, se despediu de seus empregos e partiu no dia 1º de outubro. Desde então, percorreu várias cidades, incluindo Bertioga, Mogi das Cruzes, Taubaté, Aparecida, entre outras. Em uma de suas últimas paradas, estava em Cruzília, Minas Gerais.
A mulher não tem uma data exata para chegar ao seu destino e estima que levará de três a quatro meses. Para se hospedar, ela utiliza sua experiência e criatividade para encontrar abrigo, seja em casas de pessoas que conhece ou montando sua própria barraca em locais que considera seguros. Elza pedala cerca de 30 km por dia com um par de botas confortáveis.
O Sonho de Viajar
Elza sempre sonhou em viajar de bicicleta, mas decidiu colocar isso em prática há um ano. Segundo ela, as motivações para essa jornada envolvem muito mais do que apenas aspectos financeiros.
- “A gente não precisa de muito para realizar sonhos.”
- Ela destacou a importância de explorar o que há além do que é mostrado na televisão.
Desafios ao Longo do Caminho
Durante a viagem, Elza leva consigo itens essenciais: uma barraca, panelas, roupas, água e um fogareiro a álcool. Entre os principais desafios, está a dificuldade em achar um lugar para passar a noite, pois evita fazer reservas em pousadas e hotéis.
Ao seguir pela Estrada Real em Minas Gerais, ela se deparou com várias subidas e estranhou a dificuldade do terreno. Normalmente, prefere as estradas de terra, que são menos movimentadas. “Não reservo nada, apenas espero chegar ao local e procuro opções de onde posso montá-la”, explicou.
Até o momento, Elza contou que já foi acolhida por diversas famílias e até acampou em um posto de gasolina e em um jardim.
Medos e Inseguranças
Embora não considere uma ciclista profissional, Elza sempre teve um amor pela bicicleta. Ela tenta manter a calma e não se deixar paralisar pelo medo, embora reconheça que ele existe. “Estou sozinha, exposta, em lugares desconhecidos”, refletiu.
- Ela descreve o medo como um alerta que a mantém atenta.
- Elza busca se manter cautelosa enquanto se concentra em seu objetivo de chegar à Chapada.
Voluntariado e Planos Futuros
Além de realizar seu sonho, Elza tem planos de participar de ações voluntárias ao longo do caminho, ajudando na construção de casas de barro em troca de hospedagem. Ao chegar na Chapada Diamantina, ela planeja ficar cerca de um mês antes de retornar para casa de ônibus, a menos que seus planos mudem.
Para finalizar, Elza encoraja aqueles que têm vontade de viajar de bicicleta: “Se preparem mais psicologicamente do que fisicamente.”