Preocupações das Nações Unidas com o Líbano
Autoridades das Nações Unidas estão alarmadas com a possibilidade de que o Líbano enfrente um cenário similar ao de Gaza. Durante uma coletiva de imprensa em Genebra nesta terça-feira (8), Jeremy Laurence, porta-voz do comissário de direitos humanos da ONU, enfatizou:
“Estamos vendo os mesmos padrões que observamos em Gaza, os mesmos meios e métodos de guerra sendo utilizados.”
Laurence destacou as consequências drásticas para os civis, mencionando o fechamento de hospitais, o deslocamento de um milhão de pessoas e um número alarmante de civis mortos:
- Fechamento de hospitais.
- Deslocamento de um milhão de cidadãos.
- Civis mortos em grande número.
- Escolas e outras infraestruturas impactadas.
Ele concluiu ressaltando a necessidade de prevenir uma nova devastação na região.
Semelhanças entre Líbano e Gaza
James Elder, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), também compartilhou suas preocupações, afirmando que as semelhanças entre o Líbano e Gaza são evidentes:
- Intensidade dos ataques.
- Linguagem agressiva utilizada pelas partes envolvidas.
- Deslocamento em massa da população.
Elder observou que, infelizmente, essas semelhanças estão visíveis em todo o contexto atual.
Contexto dos Conflitos no Oriente Médio
A escalada dos conflitos no Oriente Médio atingiu um novo patamar com o ataque de mísseis do Irã a Israel no dia 1º. De um lado, está Israel, apoiado pelos Estados Unidos e, do outro, o Eixo da Resistência, composto por várias forças paramilitares que recebem suporte do Irã.
Atualmente, existem sete frentes de conflito ativas:
- República Islâmica do Irã.
- Hamas na Faixa de Gaza.
- Hezbollah no Líbano.
- Governo da Síria e suas milícias.
- Houthis no Iémen.
- Grupos xiitas no Iraque.
- Organizações militantes na Cisjordânia.
Israel está envolvido em operações militares em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, enquanto realiza bombardeios aéreos nas demais.
Operações de Israel no Líbano
No dia 30 de setembro, as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma “operação terrestre limitada” no Líbano, após um ataque que resultou na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Através de bombardeios, Israel afirma ter eliminado a maior parte da cadeia de comando do Hezbollah nas semanas seguintes.
No dia 23 de setembro, o Líbano registrou seu dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Entre os mortos, estavam dois adolescentes brasileiros, o que levou o Itamaraty a condenar os ataques e solicitar o fim das hostilidades.
Resposta do Governo Brasileiro
Com o aumento das tensões, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar cidadãos no Líbano. Além disso, na Cisjordânia, as forças israelenses buscam desarticular grupos que se opõem à ocupação israelense na região.
Na Faixa de Gaza, Israel mira na erradicação do Hamas, que foi responsável por um ataque em 7 de outubro, resultando na morte de mais de 1.200 pessoas, de acordo com o governo israelense. Estima-se que a operação israelense tenha causado a morte de mais de 40 mil palestinos, conforme informado pelo Ministério da Saúde do enclave.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde se acredita que dezenas de israelenses sequestrados também estão em cativeiro.