Investigação Sobre a Morte de Mãe e Bebê
A Polícia Civil iniciou um inquérito para apurar um possível crime de homicídio culposo após a morte de Karle Cristina Vieira e seu bebê, Lorenzo, durante um parto no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Tocantins. O Ministério Público também pediu medidas urgentes para melhorar o atendimento na maternidade pública.
Circunstâncias das Mortes
O laudo que determina as causas das mortes de Karle e de seu filho foi emitido pelo Instituto Médico Legal (IML). Karle, técnica de enfermagem de 30 anos, estava com 39 semanas de gestação e foi ao hospital devido a febre e dores lombares. Ela recebeu medicação e foi liberada na noite anterior ao tragédia.
No dia seguinte, Karle retornou ao hospital com dores e sangramento. O parto foi realizado, mas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o bebê nasceu sem vida. Karle faleceu poucas horas após o procedimento, e seu marido pediu justiça para evitar que outros passem pela mesma dor.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que um Boletim de Ocorrência foi registrado e que um inquérito policial está em andamento. O laudo revelou que Karle faleceu por tromboembolismo pulmonar e a causa da morte do bebê foi considerada indeterminada.
Ações do Ministério Público e Contribuições da SES-TO
Após as mortes, tanto o Ministério Público Estadual (MPE) quanto o Conselho Regional de Medicina realizaram vistorias no Hospital e Maternidade Dona Regina. As inspeções revelaram problemas estruturais e uma carga excessiva de trabalho para os poucos profissionais disponíveis.
- O MPE entrou com uma Ação Civil Pública para que o Estado regularize a presença de obstetras e pediatras nas salas de parto da maternidade.
- A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) afirmou que está implementando medidas para melhorar a rede de cuidado materno-infantil, especialmente no hospital em questão.
Nota da Secretaria de Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde expressou seu pesar pelo falecimento de Karle e seu filho, confirmando que a paciente foi avaliada e liberada após a primeira consulta. Na manhã seguinte, ela retornou ao hospital e, após o parto, seu quadro clínico se agravou, resultando em suas mortes, mesmo com os esforços da equipe médica.
A SES-TO aguarda o relatório do IML para seguir com as ações necessárias.