Suspensão do Processo Administrativo
A Justiça Federal do Distrito Federal decidiu, na terça-feira (8), suspender o processo administrativo disciplinar da Corregedoria da Polícia Federal contra o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que atualmente é delegado da PF.
Decisão da Juíza Federal
A decisão foi proferida pela juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara do DF. Na sua análise, a juíza destacou que, “sem adentrar ao mérito da culpabilidade do investigado, constata-se que se privilegiou o depoimento do delegado-geral da PF, que havia representado pela prisão do autor pelos mesmos fatos, em detrimento de diversos outros depoimentos favoráveis ao investigado, que foram quase completamente ignorados.” Isso levanta novas suspeitas sobre toda a comissão envolvida no caso.
Provas Ignoradas
A magistrada também mencionou que importantes provas foram desconsideradas pela comissão. Uma delas é o relatório do interventor federal, que apontou a inexistência de omissão por parte do órgão de gestão. Ricardo Cappelli, o então interventor federal, elaborou um relatório sobre os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, com o objetivo de analisar e esclarecer as ações tomadas pela segurança pública no Distrito Federal.
Ao concluir, a juíza deferiu o pedido de suspensão apresentado pela defesa de Torres.
Pedido Anterior de Suspensão
No mês de julho, a defesa do ex-ministro já havia solicitado à Corregedoria da Polícia Federal a suspensão do processo administrativo, alegando a parcialidade do presidente do processo, o delegado Clyton Eustáquio Xavier.
Consequências e Situação Atual
Anderson Torres enfrenta processos que podem resultar em sua demissão da Polícia Federal, onde trabalha como delegado há 20 anos. Ele é acusado, em tese, de “manchar a imagem da instituição” após sua própria prisão. A Polícia Federal, ao ser contatada, informou que não se manifesta sobre decisões judiciais.