Condenação por Atropelamento Fatal
Um estudante de psicologia e seu pai foram condenados a pagar R$ 300 mil aos pais de Estefany Ferreira Medina, uma jovem de 20 anos que faleceu após ser atropelada em janeiro de 2023, em Cedral (SP). A sentença foi proferida pela Justiça de São José do Rio Preto (SP) no dia 3 de outubro.
O Acidente
Estefany deixou uma festa e aguardava um motorista de aplicativo para retornar para casa, quando foi atropelada.
João Pedro Alves, que também estava saindo do evento, dirigia um veículo sob efeito de álcool. Testemunhas relataram que ele conduzia de forma imprudente, zig-zagueando e acelerando. O atropelamento ocorreu em 29 de janeiro de 2023.
Fuga e Prisão
Após o incidente, João Pedro fugiu do local sem prestar assistência à vítima. Ele foi localizado horas depois, dormindo em sua residência, e teve a sua prisão preventiva decretada pela Justiça.
O Ministério Público (MP) o denunciou por homicídio duplamente qualificado e por lesão corporal, e a decisão ainda pode ser contestada. O pai do réu também foi responsabilizado por ser o proprietário do veículo envolvido no acidente.
Detalhes do Caso
Estefany foi atropelada enquanto estava em uma estrada que dá acesso a um conjunto de chácaras na manhã do dia 29 de janeiro. Durante a investigação, foi apurado que João Pedro estava sob efeito de álcool e dirigia de forma extremamente arriscada, a ponto de os passageiros perderem a estabilidade durante o trajeto.
A denúncia do MP afirma que Estefany foi atingida enquanto estava sentada fora da pista, sendo arrastada pelo veículo e vindo a óbito no local devido a politraumatismo. Além dela, um amigo que tentava se esquivar do carro também foi ferido com lesões leves.
Conversas Após o Acidente
Após a fuga, João Pedro trocou mensagens com amigos que estavam no carro no momento do atropelamento. Em uma das conversas, ele pediu para um amigo fingir que não o conhecia.
- João: “tá aí?”
- Testemunha: “sim, onde você está?”
- João: “o que houve?”
- Testemunha: “amigo, você atropelou uma menina. Você tem noção?”
- João: “seguinte, vocês não me conhecem.”
Em outro momento, um amigo sugeriu que ele voltasse para prestar socorro, mas foi ignorado:
- Testemunha: “se puder volta lá e presta socorro, amigo, por favor.”
- João: “eu vou ver o que faço, mas não fala que me conhece.”
Além disso, João Pedro expressou suas preocupações em relação à sua carreira e afirmou que não poderia assumir a responsabilidade pelo acidente.
- João: “eu não posso assumir isso.”
- Testemunha: “amigo, você pode, sim, porque foi tu, mas não culpo você.”
- João: “não posso, vê o que aconteceu e finge que vocês são desconhecidos.”
Ele enfatizou a necessidade de seguir em frente com sua vida, sem querer assumir a culpa pelo ocorrido.