Declarações do Ministro da Defesa de Israel
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o país irá “perseguir e eliminar” seus inimigos em uma postagem nas redes sociais no dia 17 de outubro. Essas palavras surgem após os militares israelenses anunciarem que estão investigando a possível morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, em uma operação na Faixa de Gaza.
Gallant citou um versículo de Levítico 26, que diz: “Vocês perseguirão seus inimigos e eles cairão diante de vocês pela espada”. Ele acompanhou a citação com uma imagem de líderes falecidos do Hezbollah e do Hamas, Hassan Nasrallah e Mohammed Deif, respectivamente, ambos marcados com um “X” vermelho.
Os militares israelenses informaram que conseguiram eliminar os dois líderes no início deste ano. Em sua postagem, Gallant reforçou que: “Nossos inimigos não podem se esconder. Nós os perseguiremos e eliminaremos”. Fontes locais indicam que as autoridades estão em processo de identificação do homem que pode ser Sinwar, encontrado durante operações militares regulares na região.
Contexto da Escalada dos Conflitos no Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã contra Israel, ocorrido em 1º de outubro, marcou um novo ápice no conflito no Oriente Médio. De um lado, está Israel, apoiado pelos Estados Unidos; do outro, o Eixo da Resistência, que conta com apoio financeiro e militar do Irã e consiste em diversos grupos paramilitares.
Atualmente, existem sete frentes de conflito ativas:
- República Islâmica do Irã
- Hamas, na Faixa de Gaza
- Hezbollah, no Líbano
- Governo da Síria e milícias no país
- Houthis, no Iémen
- Grupos xiitas no Iraque
- Organizações militantes na Cisjordânia
Israel está envolvido diretamente em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, o país realiza bombardeios aéreos. A partir de 30 de setembro, o Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano, logo após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo em Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam ter aniquilado quase toda a cadeia de comando do Hezbollah em recentes ataques aéreos. No dia 23 de setembro, o Líbano registrou um dos dias mais mortais desde a guerra de 2006, com mais de 500 mortes. Entre as vítimas estavam dois adolescentes brasileiros, levando o Itamaraty a condenar a situação e exigir o fim das hostilidades.
Com o crescimento das tensões, o governo brasileiro anunciou a operação de repatriação de cidadãos no Líbano. Na Cisjordânia, os militares israelenses têm atuado para desmantelar grupos que se opõem à ocupação. Em relação à Faixa de Gaza, Israel escreveu uma nova página de conflitos após o ataque de 7 de outubro que resultou em mais de 1.200 mortos, de acordo com autoridades israelenses. As operações em Gaza levaram à morte de mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde local.