Informações sobre os ataques em Beirute
O governo do Líbano divulgou, nesta terça-feira (22), que 63 pessoas faleceram devido a ataques israelenses direcionados ao grupo Hezbollah nas últimas 24 horas. Este número se soma aos efeitos de um ataque ocorrido na noite de segunda-feira (21) nas proximidades do principal hospital de Beirute, Rafik Hariri, onde 18 pessoas perderam a vida e mais de 60 ficaram feridas.
O Exército israelense afirmou que o hospital não foi um alvo e não foi afetado diretamente. Em contrapartida, o diretor da instituição citou que as instalações médicas sofreram danos, comprometendo serviços prestados por organizações como a OMS, Unicef, Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras. Além disso, alguns quartos do hospital tiveram seus vidros estilhaçados.
Eventos recentes de ataques
Câmeras registraram o momento em que uma bomba atingiu um prédio em um subúrbio de Beirute. Antes do ataque, Israel havia emitido um alerta em árabe, informando os moradores sobre a ofensiva visando instalações do Hezbollah na região.
O grupo extremista indicou, na manhã desta terça-feira, que lançou uma série de foguetes em duas bases relevantes próximas a Tel Aviv e em uma base naval a oeste de Haifa. Além disso, o Hezbollah reivindicou um ataque com drone ocorrido no sábado (19), que teve como alvo a residência de férias do primeiro-ministro israelense em Cesareia. O governo de Israel confirmou que o drone atingiu a janela de um dos quartos, mas sem causar ferimentos, já que o vidro reforçado se manteve intacto. Tanto Benjamin Netanyahu quanto sua família não estavam no local no momento do ataque.
Diálogo político e ações internacionais
Nesta terça-feira (22), o primeiro-ministro Netanyahu recebeu o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Durante a reunião, foram tratados assuntos relacionados ao futuro da Faixa de Gaza e à situação no Líbano, além da manutenção da linha azul demarcada pela ONU, que busca preservar a paz na fronteira.
No dia anterior, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, visitou Tel Aviv. Ele anunciou que o governo israelense se comprometeu a não atacar mais pontos onde estejam presentes os soldados da força de paz da ONU, que abrangem mais de mil italianos.
Confirmação de comando do Hezbollah
Israel também confirmou a morte de outro líder do Hezbollah, Hashem Safieddine, nesta terça-feira (22). Ele era primo de Hassan Nasrallah, o chefe do Hezbollah, que foi morto em um ataque israelense no mês passado. Safieddine era visto como um potencial sucessor de Nasrallah e estava desaparecido desde um ataque aéreo israelense há cerca de três semanas.