A eliminação de líderes do Hezbollah
No dia 8 de outubro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel “eliminou” o sucessor do falecido líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Em uma declaração em vídeo, Netanyahu alegou: “Eliminamos milhares de terroristas, incluindo o próprio Nasrallah, o sucessor de Nasrallah e o sucessor do sucessor de Nasrallah.”
Operações no Líbano
Um informe de segurança libanesa apontou que, após um ataque israelense nos subúrbios de Beirute no dia 4 de outubro, o Hezbollah perdeu contato com Hashem Safieddine, considerado um potencial sucessor de Nasrallah.
Na mesma declaração, Netanyahu fez um apelo ao povo do Líbano, incentivando-o a se unir contra o Hezbollah e “retomar o seu país”. Ele se dirigiu a diferentes grupos, incluindo cristãos, drusos e muçulmanos, argumentando que todos estavam sofrendo devido à guerra provocada pelo Hezbollah com Israel. “Temos a oportunidade de salvar o Líbano antes que ele caia no abismo de uma longa guerra que trará destruição e sofrimento semelhante ao que vemos em Gaza”, completou.
Impactos da guerra
A guerra entre Israel e Hezbollah resultou na morte de mais de 1.400 pessoas no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. Além disso, mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas desde o aumento dos combates no mês anterior.
Escalada do conflito na região
No dia 1º de outubro, um ataque com mísseis do Irã a Israel sinalizou uma nova fase no conflito do Oriente Médio. De um lado, há Israel, apoiado pelos Estados Unidos; do outro, está o chamado Eixo da Resistência, que conta com suporte econômico e militar do Irã, além de diversos grupos paramilitares.
Frentes de conflito
Atualmente, existem sete frentes de conflito abertas, que incluem:
- República Islâmica do Irã
- Hamas, na Faixa de Gaza
- Hezbollah, no Líbano
- Governo da Síria e suas milícias
- Houthis, no Iémen
- Grupos xiitas no Iraque
- Diferentes organizações militantes na Cisjordânia
Atividades militares israelenses
Os soldados israelenses estão ativos em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Em relação às demais, Israel realiza bombardeios aéreos.
Após a morte de Nasrallah numa ação militar em 30 de setembro, o exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano. As Forças de Defesa de Israel afirmam ter desmantelado quase toda a cadeia de comando do Hezbollah com bombardeios recentes.
Consequências para a população
O Líbano registrou o dia mais letal desde a guerra de 2006 em 23 de setembro, com mais de 500 mortos em uma série de ataques. Na sequência, o governo brasileiro começou a planejar operações para repatriar cidadãos brasileiros do Líbano devido ao aumento da violência.
Na Cisjordânia, o exército israelense busca desarticular grupos contrários à ocupação israelense. Na Faixa de Gaza, a missão é erradicar o Hamas, que foi o responsável pelo ataque em 7 de outubro, resultando em mais de 1.200 mortes, segundo o governo israelense. A operação em Gaza causou mais de 40 mil palestinos mortos, conforme dados do Ministério da Saúde local.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece oculto em túneis na Faixa de Gaza, onde há relatos de israelenses sequestrados pelo grupo.