Casos de Superfungo no Hospital João XXIII
Recentemente, quatro casos de um “superfungo” chamado Candida auris foram confirmados no Hospital João XXIII, localizado em Belo Horizonte, Minas Gerais. A confirmação foi feita pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Informações sobre os Pacientes
Dos quatro pacientes identificados com a infecção, dois já receberam alta: um no dia 20 de setembro e o outro em 2 de outubro. Os outros dois indivíduos ainda permanecem internados.
Investigação de Casos
A situação está sendo acompanhada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), que faz parte da Fundação Ezequiel Dias (Funed). A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte também está monitorando os ocorridos.
A SES-MG informou que, além dos quatro casos confirmados, há 24 investigações em andamento. Dos casos testados, 11 mostraram resultados negativos, dos quais nove pacientes tiveram alta e dois continuam internados.
Histórico do Candida auris
O primeiro caso do “superfungo” Candida auris registrado no Brasil ocorreu em 2021. Desde então, a SES-MG tem monitorado casos suspeitos de infecção, tendo descartado 129 casos no estado até agora.
A origem do surto remonta a 2009, quando o primeiro caso foi detectado em uma mulher no Japão. O Candida auris é considerado um fungo emergente, difícil de diagnosticar e que pode levar à morte.
Características e Prevenção
Este fungo ganhou o apelido de “superfungo” por sua resistência a quase todos os tratamentos medicamentosos disponíveis. A SES-MG destaca que o Candida auris tem alta transmissibilidade, conseguindo colonizar rapidamente tanto a pele do paciente quanto o ambiente ao seu redor.
Portanto, é essencial:
- Prevenir o contato com casos suspeitos;
- Isolar os leitos de pacientes infectados ou sob suspeita;
- Seguir rigorosamente os protocolos de segurança sanitária.
A SES-MG também destacou que o Hospital João XXIII está adotando medidas de controle e manejo para proteger pacientes e profissionais. Isso inclui a higienização das mãos, uso de luvas e aventais em casos suspeitos e a realização de testes para a detecção de novos casos.