Falta de Energia na Grande São Paulo
Moradores da Grande São Paulo enfrentaram mais de 96 horas sem eletricidade até a tarde de terça-feira (15). De acordo com a Enel, aproximadamente 158 mil imóveis permanecem sem luz devido ao temporal que atingiu a região na sexta-feira (11).
Entre as localidades afetadas, cerca de 28 mil registros de problemas estão diretamente relacionados às ocorrências do temporal. A Enel informou que suas equipes têm trabalhado incessantemente desde o início da tempestade para restabelecer o fornecimento de energia.
Reunião do Governador com Prefeitos
Na manhã de terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reuniu com prefeitos da região metropolitana. Durante a coletiva, ele anunciou a entrega de uma carta solicitando intervenção federal no contrato de concessão da Enel ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Ribeiro Nardes.
Essa intervenção é necessária devido à insatisfação com a prestação de serviços da Enel. Tarcísio destacou a urgência dessa medida, afirmando que a empresa não realizava as operações necessárias por questões financeiras.
Impactos Econômicos do Apagão
Segundo um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), a falta de energia em São Paulo acarretou prejuízos estimados em R$ 1,65 bilhão, afetando principalmente o varejo e os serviços.
- Prejuízos no varejo: aproximadamente R$ 536 milhões;
- Perdas nos serviços: cerca de R$ 1,1 bilhão;
Os cálculos consideraram as perdas de faturamento durante o período de apagão, que já dura mais de quatro dias.
Quedas de Árvore e Fatalidades
A Defesa Civil informou que o temporal resultou em sete mortes e 386 ocorrências de quedas de árvores em São Paulo. Dentre essas, 49 ainda necessitam de assistência da Enel para que as equipes municipais possam iniciar os serviços de remoção.
Além disso, 150 escolas foram impactadas, com 68 delas sem energia elétrica até o momento.
Resposta da Enel e Força-Tarefa
A Enel, em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), prometeu restabelecer o fornecimento em até três dias. A empresa também disponibilizou 500 geradores para atender serviços essenciais, como hospitais.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que outras concessionárias estão colaborando com a Enel para acelerar o restabelecimento da energia na capital e na Grande São Paulo.
A Enel também sofreu críticas pela falta de comunicação efetiva e pela gestão das equipes, que foram reduzidas em suas operações de modernização.
Conclusão
A situação permanece crítica, com a população exigindo ações urgentes para solucionar os problemas de energia que se agravaram após o temporal. A pressão para uma intervenção na concessionária continua, visto que a qualidade dos serviços prestados foi amplamente questionada nos últimos meses.