Iniciativas Contra Queimadas no Rio de Janeiro
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou a implementação de um novo aplicativo que servirá como uma ferramenta importante no combate às queimadas. O lançamento ocorreu na manhã de terça-feira, dia 8, no Palácio Guanabara. Este aplicativo é parte de um esforço mais amplo para enfrentar as queimadas no estado.
Tecnologia e Monitoramento
A tecnologia utilizada para o monitoramento das queimadas baseia-se em imagens de satélites de alta resolução e inteligência artificial. Esses recursos permitirão identificar e agir rapidamente sobre os focos de incêndio, unificando as ações de diferentes órgãos estaduais.
Aumento dos Incêndios e Ações da Polícia
De acordo com Tarcísio Salles, comandante-geral do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, já foram registrados 3.250 focos de incêndio desde o início do ano até o começo de outubro. Este número representa um aumento de 115% em relação ao mesmo período do ano anterior. As investigações da Polícia Civil resultaram na identificação de 44 indivíduos por incêndios criminosos, com 7 prisões realizadas pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Novas Multas para Crimes Ambientais
Além do aplicativo, o governador também comunicou que apresentará um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) com o objetivo de aumentar as multas para crimes ambientais. As mudanças propostas incluem:
- Reajuste das multas por uso irregular do fogo em áreas cultivadas e pastagens, passando de R$ 1 mil para R$ 3 mil por hectare.
- Para incêndios em florestas nativas, a multa poderá aumentar de R$ 1,5 mil para R$ 10 mil por hectare.
- A nova legislação também incluirá penalidades para infrações administrativas, como a queima de resíduos sólidos.
- Em situações mais graves de incêndios, a multa pode alcançar valores de até R$ 10 milhões.
O governador ressaltou que a intenção é endurecer as leis relacionadas a crimes ambientais e expressou confiança na colaboração da Assembleia Legislativa. O secretário estadual de Meio Ambiente, Bernardo Rossi, reforçou a necessidade de atualizar a legislação vigente, que não sofreu modificações há 24 anos.
Segundo ele, o custo de reflorestamento de uma área queimada é significativamente maior que as multas atuais, o que justifica a necessidade de um ajuste nas penalizações.