Oportunidades para o Brasil nos Brics
O governo federal enxerga a estrutura dos Brics como uma oportunidade para aumentar as exportações brasileiras de produtos com maior valor agregado, com foco especial em bens industriais. Entre os dias 22 e 24 de agosto, os líderes do grupo se reúnem em Cúpula em Kazan, Rússia.
Exportações rumo ao Sul Global
Há uma avaliação de que é mais viável para o Brasil exportar produtos manufaturados para países do Sul Global do que para mercados já estabelecidos, como os Estados Unidos e a Europa, onde a produção de bens industriais é consolidada e a demanda está em crescimento moderado.
O Mercado em Crescimento
Uallace Moreira, Secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, apontou em uma entrevista que a China e a Índia, dois dos países com maior crescimento no mundo, estão entre os membros do grupo. Ele destacou que essas nações oferecem um grande potencial para as exportações brasileiras de produtos industrializados.
Moreira declarou: “Nestes países há mercados muito grandes para os quais o Brasil pode exportar produtos industrializados. Vejo que os Brics, além de outros parceiros, são estratégicos no sentido de o Brasil ganhar mercado e exportar seus produtos com maior valor agregado.”
Novos Membros e Relevância do Grupo
A recente inclusão de novas economias emergentes no grupo dos Brics é uma realidade. No ano passado, países como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita se uniram ao grupo, com outros vários pedidos de adesão em análise.
Esses novos membros proporcionam a possibilidade de diálogo com mais nações na plataforma dos Brics. No entanto, também há preocupações de que isso possa comprometer a relevância dos canais já estabelecidos. Uallace defende que as avaliações sobre a entrada de novos membros sejam feitas “caso a caso”, com o objetivo de preservar e reforçar as relações Sul-Sul.