Investimentos na Economia Real
Jarbas Di Biagi, diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), declarou que o setor de previdência privada está focado em investir na economia real, mas para isso, é necessário obter garantias.
Congresso Brasileiro de Previdência Privada
A afirmação foi feita durante o 45° Congresso Brasileiro de Previdência Privada, que ocorre de 16 a 18 de outubro em São Paulo, reunindo os principais representantes do setor.
Desafios e Oportunidades
Com a taxa Selic alta, o setor de fundos de pensão observa uma concentração de investimentos em títulos públicos, que oferecem segurança, rentabilidade e liquidez. No primeiro semestre de 2024, 81,4% da carteira dos fundos ficou alocada em renda fixa.
Di Biagi expressou sua colaboração com o BNDES e o governo na busca por debêntures que ofereçam garantias e rentabilidade semelhantes a títulos públicos. Ele ressaltou que, caso as debêntures não apresentem o desempenho esperado, haverá um reembolso do valor investido.
Impacto Econômico do Setor
Os fundos fechados de previdência representam mais de R$ 1,3 trilhão, equivalente a mais de 11% do PIB do Brasil. Esses fundos têm um grande potencial para aumentar o investimento produtivo no país. Atualmente, entre 12% e 13% da dívida pública é financiada por esse setor.
Crescimento dos Planos Família
O crescimento do setor é impulsionado, em parte, pelos planos “família”, que permitem a inclusão de familiares dos beneficiários nos fundos. Entre junho de 2023 e 2024, os ativos desses planos cresceram 34%.
- No final deste semestre, havia 132 mil participantes nesses produtos.
- O patrimônio desses planos alcançou cerca de R$ 2,1 bilhões.