Acidente Fatal em São Vicente
Um condutor sem habilitação, Ruan Malavazi Gois, de 32 anos, está respondendo a um processo criminal após atropelar Bruna Magalhães Jurasky, de 36 anos, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em São Vicente, no litoral paulista. O atropelamento ocorreu no dia 17 de agosto, enquanto Bruna pilotava sua motocicleta.
Pedido da Família
A família de Bruna, uma soldado da Polícia Militar, solicitou à Justiça que Ruan seja levado a júri popular. A motivação para essa ação inclui um vídeo postado por Ruan, onde ele aparece consumindo bebida alcoólica horas antes do acidente.
A Circunstância do Acidente
No momento do acidente, Ruan invadiu a pista contrária, atingindo Bruna. Após a colisão, ela foi socorrida para o Pronto-socorro de Cubatão, mas infelizmente não sobreviveu aos ferimentos.
- Ruan foi detido por embriaguez ao volante e homicídio culposo.
- Ele conseguiu um alvará de soltura em 7 de setembro, e desde então, responde ao processo em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica.
Ação Judicial
O marido de Bruna contratou o advogado Gustavo Alves para representar a família no processo. O advogado está buscando a transferência do caso da 2ª Vara Criminal de São Vicente para o Tribunal do Júri e propõe que Ruan seja julgado por homicídio doloso eventual, o que implica que ele assumiu o risco de causar o acidente.
Defesa do Acusado
O advogado de Ruan, Fabio Hypolitto, argumentou que levar o caso a júri popular deve ser uma decisão cuidadosa, levando em conta as evidências e as particularidades do caso.
Descumprimento de Medidas Cautelares
Após a expedição do alvará de soltura, Ruan supostamente descumpriu algumas medidas, mudando de endereço sem autorização. O advogado assistente de acusação solicitou à Justiça a suspensão de sua liberdade provisória devido a essa violação.
O advogado de Ruan, no entanto, afirmou que ele cumpriu todas as medidas cautelares exigidas.
Relato do Motorista
De acordo com o boletim de ocorrência, Ruan demonstrava sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele alegou que se distraiu devido à neblina, o que o levou a invadir a pista contrária. Além disso, mesmo não sendo habilitado, ele declarou ter prestado socorro à vítima, embora não tenha acionado os serviços de emergência.
Código de Trânsito e Consequências
Segundo o artigo 301 do Código de Trânsito Brasileiro, um condutor que presta socorro completo à vítima não pode ser detido em flagrante. Apesar disso, Ruan foi preso e a detenção foi convertida em preventiva pelo Judiciário.
Mais sobre o Acusado
O advogado de Ruan também solicitou a revisão da prisão preventiva, argumentando que a situação do caso era apenas homicídio culposo, e não deveria resultar em detenção preventiva. O réu deverá seguir várias restrições, como:
- Proibição de sair da cidade.
- Impedimento de frequentar locais que servem bebidas alcoólicas.
- Proibição de obter Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Sobre a Vítima
Bruna Magalhães Jurasky era soldado da Polícia Militar e estava de folga no dia do acidente, mas decidiu fazer uma jornada extra. Após a colisão, ela foi levada ao Pronto-socorro de Cubatão, onde infelizmente faleceu.
A Polícia Militar lamentou a perda de Bruna e ofereceu condolências à família, amigos e colegas de trabalho. Ela deixa um marido e dois filhos pequenos. O velório e sepultamento de Bruna ocorreram no dia 18 de agosto.