Contexto da Morte de Jaimeson Alves da Rocha
A morte de Jaimeson Alves da Rocha, de 35 anos, que ocorreu em uma oficina na região sul de Palmas em junho de 2024, é cercada de polêmica. Investigações apontam que a morte pode ter sido forjada e ele pode ter sido vítima de um suposto ‘ritual de batismo’ envolvendo cinco policiais militares e um inspetor da Guarda Metropolitana de Palmas (GMP). Segundo a Polícia Civil, esse tipo de crime era praticado para a integração de novos membros nas divisões especiais da corporação.
Mandados e Afastamento
Uma decisão da 1ª Vara Criminal de Palmas autorizou o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão contra os suspeitos em 15 de outubro. Todos os investigados foram afastados de suas funções, tiveram suas armas recolhidas e estão sob monitoramento com tornozeleiras eletrônicas.
Detalhes da Abordagem
O incidente ocorreu no dia 18 de junho de 2024. Durante a abordagem, os policiais teriam ordenado que todas as pessoas saíssem da oficina, e a investigação sugere que tentaram simular um confronto para justificar a morte de Jaimeson. Os envolvidos na operação incluem:
- Wanderley da Silva Junior – sargento e comandante da viatura;
- Lilton Pinto Cardoso Lima – cabo da PM;
- Willian Tiago Lopes e Danilo Henrique Rocha Filgueiras – membros novatos da Rotam;
- Adeone Antônio Bernardo de Jesus – cabo da PM;
- Emanuel Portinari Ferreira Lima – inspetor da Guarda Metropolitana.
Motivações por Trás do Crime
De acordo com as investigações, a morte de Jaimeson foi considerada um ‘batismo’ para os policiais novatos, ocorrendo pouco menos de um mês após sua formatura. A prática teria como finalidade integrar novos membros a um grupo de elite da corporação. O inquérito revelou que músicas comemorativas, associadas a uma operação anterior que resultou na morte de criminosos, também eram frequentemente associadas a tais rituais.
Monitoramento da Vítima
Antes do incidente, Jaimeson teria se envolvido em uma briga com policiais em novembro de 2023, o que pode ter levado ao seu monitoramento. Informações sugerem que um policial e um guarda municipal acompanharam sua rotina por pelo menos nove dias, utilizando câmeras de segurança da Prefeitura de Palmas.
Investigação e Provas
A Polícia Civil está analisando laudos periciais que confirmam a possibilidade de execução. Três dos policiais confirmaram ter disparado contra Jaimeson, alegando que ele estava armado, mas a investigação indica que um revólver foi plantado próximo à vítima, simulando resistência por parte dela.
Notas da Polícia Militar e da Prefeitura de Palmas
A Polícia Militar declarou que colaborou com a operação e lamentou a busca e apreensão no quartel. Além disso, ressaltou seu compromisso com a legalidade durante as investigações.
A Prefeitura de Palmas também se manifestou, afirmando que está colaborando com a polícia e que, se confirmada a participação de seu agente no caso, tomará as medidas cabíveis.