Movimentos do Atlético-MG nas Finais da Copa do Brasil
O Atlético-MG está se movimentando nos bastidores para evitar problemas relacionados a “más arbitragens” nas finais da Copa do Brasil. Nos dias 3 e 10 de novembro, o time enfrentará o Flamengo, em busca do tricampeonato. Até o momento, os mandos e horários dos jogos ainda não foram definidos.
Ações da Diretoria
Uma das iniciativas da diretoria foi o envio de um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pedindo a exclusão de certos árbitros, como Wilton Pereira Sampaio, seu irmão Sávio Pereira Sampaio, e Anderson Daronco. Além disso, o clube mineiro está sugerindo inovações tecnológicas para os confrontos.
Sugestão de Tecnologia
Em entrevista, Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, propôs que a CBF adote o “impedimento semiautomático”, tecnologia que já foi utilizada na última Copa do Mundo e também em competições europeias de alto nível.
Erros de Arbitragem e Experiências Passadas
No passado, o dirigente lembrou de erros arbitrais que impactaram o clube, tanto na década de 1980 quanto em situações mais recentes. Coelho afirmou:
“Galo e Flamengo farão uma grande final. O que não pode acontecer mais são as barbaridades do passado. Até os flamenguistas que presenciaram os erros no final do Brasileirão de 1980 e no duelo da Libertadores de 1981 ficam envergonhados. Em 2022, na Copa do Brasil, um gol foi dado ao Flamengo que, até hoje, não há provas concretas de que a bola realmente entrou. Aparentemente, só ele viu isso.”
Ele ainda acrescentou:
“Esse juiz e seu irmão têm um histórico de erros contra o Galo. É prudente que a comissão de arbitragem escolha os melhores árbitros e não aqueles que sempre nos prejudicam. Eles são considerados ‘persona non grata’ nas nossas partidas.”
Como Funciona o Impedimento Semiautomático?
Nos estádios do Mundial do Catar, foram instaladas 12 câmeras para monitorar a bola e a posição dos jogadores, abrangendo 29 pontos do corpo por atleta, com uma frequência de 50 vezes por segundo. A bola tem um sensor de medição no centro, que registra o momento exato em que ocorre o passe, servindo como referência para as verificações.
Esses dados são transmitidos para a sala de VAR a cada 500 milissegundos, permitindo uma detecção precisa do momento do chute. Quando uma irregularidade é identificada, a inteligência artificial processa as informações e alerta a equipe de arbitragem de vídeo.
Os árbitros podem então verificar a posição do jogador e a linha de impedimento, que são geradas automaticamente, ao invés de depender do traçado manual, como acontece atualmente em muitos jogos no Brasil.
Uma animação em 3D, baseada nesses dados, será mostrada nos telões dos estádios e nas transmissões, proporcionando transparência ao torcedor. Essa tecnologia tem como objetivo garantir que o público veja todas as perspectivas, embora somente apareça após a próxima paralisação do jogo.
Marcação de Impedimentos em Outras Competições
No sistema atual, os impedimentos são analisados através de imagens fornecidas pela empresa responsável pela transmissão. O VAR define os pontos de referência, como um pé de um defensor e o tronco do atacante.
A tecnologia utiliza o conceito de paralaxe, que é a alteração aparente de localização de um objeto visto de diferentes ângulos, explicando por que nem sempre a imagem mostrada na TV é a mais adequada para a tomada de decisão.
Implementação da Nova Tecnologia no Futebol Brasileiro
Segundo Leonardo Gaciba, ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, o futebol brasileiro atualmente não possui a estrutura necessária para implementar essa tecnologia. Ele ressalta que, até agora, 8 câmeras são usadas para checar impedimentos, e muitos jogos na Série A contam apenas com 7 câmeras.
A Uefa começou a usar a tecnologia pela primeira vez na final da Supercopa da Europa em agosto deste ano, e desde então tem sido empregada na Liga dos Campeões, Liga Europa e Campeonato Inglês.