O Delegado Rivaldo Barbosa
O delegado Rivaldo Barbosa, réu no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na terça-feira, dia 15.
Acusações e Primeiro Contato
Desde março, Barbosa estava detido no presídio federal de Brasília, sendo acusado de ter planejado o assassinato de Marielle a mando dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.
Ele assumiu o cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro apenas 10 dias antes do crime, ocorrido em 2018, e foi uma das primeiras pessoas a se reunir com as famílias das vítimas. Na ocasião, prometeu que desvendaria o caso e identificaria os mandantes do homicídio.
Investigações e Suspeitas
Conforme apurações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), Rivaldo Barbosa teria atuado em conluio com os irmãos Brazão para planejar o assassinato de Marielle Franco. Também existem indícios de que ele possa ter desviado o curso das investigações, acusando indivíduos inocentes.
Indicação de Delegado
Durante as investigações, foi revelado que Rivaldo foi responsável por indicar o delegado Giniton Lages, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, para investigar os assassinatos. Giniton é acusado de dificultar as apurações intencionalmente, visando proteger os responsáveis pelo crime. No entanto, ele nega qualquer envolvimento no caso.
Depoimento na Câmara dos Deputados
Na segunda-feira, dia 15, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouviu o depoimento de Barbosa. Durante sua fala, ele negou qualquer ligação com os irmãos Brazão e afirmou ser inocente. Rivaldo deixou claro:
“Quero deixar uma coisa clara aqui. Desde o dia 31 de maio de 1969, o dia que eu nasci, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Algo profissional, político, religioso ou de lazer. Eu nunca falei com essas pessoas na minha vida. Eu não existo para eles e eles não existem para mim. Eu nunca na minha vida falei com essas pessoas.”