Novas Adições aos Brics
Na última quarta-feira, 23 de outubro, os países presentes na Cúpula dos Brics aprovaram a inclusão de 13 novos integrantes nesse bloco de cooperação. A Rússia, que atualmente exerce a presidência rotativa do grupo, será responsável pela convocação dos novos integrantes.
Os novos convidados serão consultados sobre seu interesse em se tornar Estados Parceiros, o que requer aceitação formal de sua inclusão. Após essa etapa, dará início ao processo de entrada. Essa nova categoria permite a participação nos fóruns multilaterais, mas as decisões finais em caso de desacordo serão tomadas pelos membros plenos.
Novos Países Integrantes
Os países que foram convidados para integrar o bloco são:
- Turquia
- Indonésia
- Argélia
- Belarus
- Cuba
- Bolívia
- Malásia
- Uzbequistão
- Cazaquistão
- Tailândia
- Vietnã
- Nigéria
- Uganda
Entretanto, surgem preocupações quanto aos convites da Turquia e da Indonésia. A Turquia, segundo avaliações, poderia exercer um papel muito significativo no cenário internacional para ser classificada como Estado Parceiro. A Indonésia, por sua vez, já havia recebido anteriormente um convite para se tornar um Estado Pleno.
Casos Especiais
No encontro do ano passado, a Argentina foi convidada, mas o novo governo, liderado por Javier Milei, decidiu interromper o processo de adesão. A Arábia Saudita está em uma situação semelhante, atrasando sua adesão ao bloco desde o ano anterior.
A inclusão da Venezuela no bloco foi notada como ausente nas discussões formais da cúpula, e o presidente russo, Vladimir Putin, não a mencionou ao anunciar os países convidados. Outros líderes também não levantaram a hipótese de inclusão da Venezuela.
Recentemente, o governo brasileiro tem se mobilizado para evitar o convite a Caracas, apoiando-se no princípio do consenso dentro do grupo.
Movimentos e Propostas na Cúpula
Durante a reunião, os membros do Brics expressaram um desejo coletivo por um novo sistema internacional de pagamentos, que substitua o atual sistema Swift, responsável pelas transações internacionais. Essa nova abordagem, juntamente com incentivos para que contratos sejam feitos na moeda dos países do bloco, desafia a hegemonia do dólar no comércio global.
Essa proposta é especialmente vantajosa para a economia russa, que está sob diversas sanções aplicadas pelos Estados Unidos e países europeus.
Além disso, ganhou destaque a iniciativa do Brasil e da China em prol do fim da guerra na Ucrânia. Essa proposta, que consiste em um plano de seis pontos, exige negociações diretas entre Rússia e Ucrânia, uma sugestão que o governo ucraniano e seus aliados ocidentais consideram “pró-Rússia”.