Decisão do Federal Reserve sobre a Taxa de Juros
Na terça-feira, 8 de outubro, o vice-presidente do Federal Reserve, Philip Jefferson, comentou sobre a recente redução de 50 pontos base na taxa de juros do banco central dos Estados Unidos. Jefferson destacou que esse movimento teve como principal objetivo preservar a força do mercado de trabalho, mesmo com a queda contínua da inflação.
“O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ganhou mais confiança de que a inflação está em um caminho sustentável em direção à nossa meta de 2%”, afirmou Jefferson, referindo-se ao comitê do qual faz parte.
Contexto da Redução da Taxa de Juros
O corte na taxa de juros, realizado durante a reunião do FOMC nos dias 17 e 18 de setembro, surpreendeu muitos analistas, pois foi mais significativo do que se esperava.
Em uma apresentação no Davidson College, na Carolina do Norte, Jefferson detalhou o raciocínio por trás da decisão, alinhando-se com as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. Ambos defendem que a redução busca manter a economia saudável, sem perder de vista o combate à inflação.
Desempenho da Economia e Mercado de Trabalho
Jefferson apontou que a atividade econômica se mantém em crescimento sólido, enquanto a inflação apresentou uma queda considerável. “O mercado de trabalho esfriou em relação ao seu estado anteriormente superaquecido”, observou ele. A inflação medida pelo índice PCE (deflator do consumo pessoal) foi de 2,2% em agosto, uma melhora em comparação com os 6,5% registrados há dois anos, que se aproxima da meta de 2% estipulada pelo Fed.
Expectativas Futuras
Atualmente, a taxa de desemprego está em 4,1%, um leve aumento em relação aos 3,8% do ano anterior. Jefferson comentou que, apesar do crescimento no emprego ter diminuído, o esfriamento do mercado de trabalho é notável.
De forma semelhante ao comunicado divulgado após a última reunião do Fed, Jefferson afirmou que continuará a observar os dados econômicos e as perspectivas ao considerar futuros cortes na taxa de juros, enfatizando sua abordagem de “reunião a reunião” na formulação das políticas monetárias. Ele concluiu: “À medida que a economia evolui, continuarei a ajustar meu pensamento para melhor promover o máximo emprego e a estabilidade de preços.”