Desmoronamento na Estrada do Quixadá
As fortes chuvas em Rio Branco, nos últimos dias, resultaram no desmoronamento de um desvio na Estrada do Quixadá, ocorrido na sexta-feira, 11 de outubro. Esse incidente causou o isolamento da comunidade local, que já enfrentava dificuldades devido a uma obra na ponte sobre o Igarapé Pirangi, iniciada há cerca de 30 dias.
Ações de Manutenção
No mesmo dia do desmoronamento, equipes da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) e da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) estiveram no local realizando intervenções paliativas para restabelecer o tráfego na área. Contudo, esses esforços ainda não foram suficientes para atender a todas as necessidades da comunidade.
Descontentamento dos Moradores
O aposentado Mauro Lima, de 90 anos, expressou sua preocupação e indignação com a situação. Segundo ele, a precariedade da estrada o obriga a caminhar longas distâncias para chegar em casa:
- “Isso é uma pouca vergonha”, lamentou, destacando que seriam aproximadamente dez quilômetros a pé até sua residência.
- A estrada apresenta vários problemas, como buracos, deslizamentos de terra e trechos sem asfalto, o que demanda uma intervenção urgente.
Lima também fez críticas à administração pública, afirmando que se passaram 50 anos sem melhorias significativas:
- “Tenho minhas dúvidas quanto à eficiência da administração pública”, disse ele, referindo-se à recente manutenção que não trouxe os resultados esperados.
Solicitações Ignoradas
Antonino Cabreiro, presidente da associação de moradores e produtores rurais da Estrada do Quixadá, afirmou que há dois anos a comunidade solicita manutenção na ponte:
- A primeira demanda foi para a roda guia, enquanto a atual situação da ponte já era prevista por eles.
- “De uns seis meses pra cá, pedimos e sempre fomos ignorados”, afirmou Cabreiro sobre as tentativas frustradas de comunicação com as autoridades.
Consequências Imediatas
Na manhã do dia 11, os moradores, que dependem da agricultura familiar, perceberam que estavam completamente isolados. Durante a tarde, obras foram iniciadas, mas a situação de isolamento permaneceu:
- “Tive que cancelar uma consulta dentária da minha esposa”, comentou Cabreiro, ressaltando o impacto que a situação teve nas rotinas diárias.
- Outros moradores também não conseguiram realizar atividades essenciais devido ao estado crítico da estrada.
Embora a Prefeitura tenha enviado uma máquina ao local, o trabalho realizado não foi eficaz o suficiente:
- “A equipe chegou com a máquina pequena, mas a situação exigia uma escavadeira maior”, explicou Cabreiro.
Aguardando Soluções
Enquanto isso, Mauro Lima e outros moradores continuam esperando que a liberação do trecho seja efetivada, para que possam retomar suas atividades cotidianas:
- “Se Deus quiser, ainda hoje consigo chegar em casa”, concluiu Lima em meio à expectativa por melhorias.