A Nova Forma de Celebrar a Fé
O Círio de Nazaré, um dos eventos religiosos mais importantes do Brasil, atrai milhares de devotos todos os anos em Belém, no Pará. Em 2024, essa tradição se renova e se transforma, apresentando uma nova maneira de expressar a fé: a tatuagem. Muitos devotos optam por eternizar a imagem de Nossa Senhora de Nazaré na pele, simbolizando um compromisso que vai além da festividade anual.
A História de Rosana Pinto
Rosana Pinto, uma das devotas que escolheu essa forma de manifestação de fé, compartilha sua experiência. Desde pequena, ela acompanha seus pais no Círio e sempre considerou suas tatuagens como portadoras de significado. “Este ano, pensei sobre o que estava faltando e veio à mente minha paixão por Nossa Senhora de Nazaré, que é uma das partes mais importantes da minha vida”, explica a paraense.
A Arte de Bonikta
A popularidade das tatuagens religiosas é crescente, e muitos devotos a veem como um modo de reafirmar sua fé. O artista Bonikta é conhecido por seu trabalho que retrata a imagem de Nazaré de maneira personalizada. Ele acredita que a busca por arte na pele reflete a conexão profunda dos paraenses com sua fé.
Bonikta destaca: “Vejo a Nazinha como um símbolo de maternidade e força, representando não apenas a fé, mas a esperança e a união do povo.” Além das tatuagens, ele se dedica também ao muralismo e à arte digital, sempre explorando novas formas de expressar sua ligação com a cultura amazônica e suas raízes. Para ele, criar algo que emociona e leva a mensagem de fé adiante é motivo de grande satisfação.
A Nova Geração de Devotos
Conforme a festa se aproxima, mais devotos como Rosana e Bonikta se unem a essa nova forma de celebrar a fé. A tatuagem torna-se um símbolo permanente, representando um compromisso com a padroeira da Amazônia e eternizando momentos de devoção em sua pele. Para muitos, cada tatuagem conta uma história, um testemunho de fé ao longo dos anos.
Com a aproximação do Círio de Nazaré, a cidade de Belém se prepara para mais um ano de celebrações, unindo tradição e inovação. A fé é vivida não apenas nas ruas durante a procissão, mas também nas marcas indeléveis que muitos devotos decidiram carregar em seus corpos.