Corte nas Taxas de Empréstimos na China
No dia 21 de outubro, a China anunciou a redução das taxas referenciais de empréstimos, conforme já era esperado. Essa medida faz parte de um conjunto de ações destinadas a estimular a economia após cortes em outras taxas realizadas no mês anterior.
Redução das Taxas Primárias
A taxa primária de empréstimo de um ano (LPR) foi diminuída em 25 pontos-base, passando de 3,35% para 3,10%. Além disso, a LPR com prazo de cinco anos também sofreu o mesmo ajuste, caindo de 3,85% para 3,60%.
Esses cortes marcaram a última redução desde julho e foram anunciados em um contexto de estímulo econômico mais agressivo, iniciado em setembro.
Histórico e Contexto das Medidas
O presidente do Banco do Povo da China, Pan Gongsheng, havia mencionado, em um fórum financeiro na semana anterior, que era prevista uma redução nas taxas de empréstimos de 20 a 25 pontos-base para a data do anúncio.
- No dia 24 de setembro, o banco central realizou cortes significativos nas taxas:
- 50 pontos-base na taxa de compulsório dos bancos.
- 20 pontos na taxa de referência de operações compromissadas de sete dias.
- Essas ações representam o estímulo mais robusto desde o início da pandemia, com medidas específicas para apoiar o setor imobiliário e incentivar o consumo.
- No mês anterior, a taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo foi reduzida em 30 pontos-base.
Impactos no Mercado
A maioria dos empréstimos concedidos na China é baseada na LPR de um ano, enquanto a taxa de cinco anos é um fator importante na determinação do custo das hipotecas.
Dados recentes mostraram que, no terceiro trimestre, o crescimento econômico da China superou levemente as expectativas, mas o investimento no setor imobiliário caiu mais de 10% nos primeiros nove meses de 2023. Em contrapartida, as vendas no varejo e a produção industrial apresentaram aumento em setembro.
Durante uma coletiva de imprensa, autoridades expressaram otimismo em relação à possibilidade de a economia alcançar a meta de crescimento do governo, que é de aproximadamente 5% para o ano. Além disso, foi sinalizada a possibilidade de um novo corte na taxa de compulsório até o final do ano.