Críticas à Resposta dos EUA em Relação a Gaza
O alto representante de política externa da União Europeia, Josep Borrell, expressou na quinta-feira (17) sua preocupação com o prazo estabelecido pelos Estados Unidos para que Israel melhore a situação humanitária em Gaza. Segundo ele, este intervalo pode resultar em muitas mortes.
Borrell afirmou: “Os EUA têm dito a Israel que eles têm que melhorar o apoio humanitário a Gaza, mas eles deram um mês de atraso. Um mês de atraso no ritmo atual de pessoas sendo mortas. É muita gente.” Essas declarações foram feitas antes de uma cúpula de líderes da União Europeia.
Advertências dos EUA a Israel
A Administração dos EUA alertou que Israel deve tomar medidas concretas para aprimorar a situação humanitária em Gaza nos próximos dias, sob pena de enfrentar restrições potenciais à ajuda militar. Este foi o aviso mais contundente dado desde o início do conflito entre Israel e Hamas, que começou há um ano.
O atual confronto se intensificou após os ataques de 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de 1.200 israelenses e na captura de 250 reféns. Desde então, mais de 42.000 palestinos perderam a vida devido às ações israelenses, enquanto centenas de milhares de residentes têm retornado para áreas devastadas.
Divisões entre os Líderes Europeus
Borrell tem sido uma voz crítica em relação às operações de Israel, e a União Europeia se mostrou dividida sobre a melhor forma de responder, com muitos membros clamando por um cessar-fogo. O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, destacou que a Europa não tem utilizado todas as ferramentas disponíveis para conseguir um cessar-fogo.
- “A Europa ainda não usou todas as alavancas à sua disposição para trazer um cessar-fogo”, disse ele.
Por sua vez, o chanceler alemão, Olaf Scholz, mencionou as divergências dentro da Europa, enfatizando a importância de não comprometer a segurança de Israel. Scholz pareceu criticar o presidente francês Emmanuel Macron, que sugeriu a suspensão do fornecimento de armas ofensivas a Israel.
- “Todos os critérios devem ser respeitados, como o direito internacional. Quando se trata de ajuda monetária, que deve ir para Gaza, é sobre evitar que a guerra se intensifique ainda mais”, afirmou Scholz.
Ele também ressaltou que auxiliar Israel implica, constantemente, garantir sua capacidade de defesa através do fornecimento de equipamentos militares ou armas.