Preparativos para o Furacão Milton
Paula Gerolim, uma empresária de Olímpia (SP), está se preparando para a passagem do furacão Milton, um dos mais intensos dos últimos 100 anos, na Flórida, onde reside com o marido e a filha de sete anos. O furacão, que rapidamente subiu de categoria 2 para 4, registra ventos de até 215 km/h e tem previsão para tocar o solo na noite de quarta-feira, 9 de outubro de 2024.
Situação em Orlando
Paula vive em Orlando, a cerca de 80 quilômetros de Tampa, que já está sob ordem de evacuação. Com a aproximação do furacão, ela relata momentos de tensão e medo, tomando precauções para proteger sua família.
Para se preparar, Paula decidiu:
- Estocar alimentos enlatados;
- Comprar um fogão elétrico;
- Seguir as orientações da Defesa Civil americana, como encher a banheira com água;
- Deixar malas prontas para evacuação.
Ela menciona que, no mercado, já faltavam itens essenciais como água e alimentos enlatados. As recomendações são para que permaneçam em casa e estejam preparados para possíveis falta de energia elétrica e suprimentos.
Movimentação em Tampa
Com a evacuação de Tampa, o trânsito na Interstate 75 tornou-se intenso. Paula optou por permanecer em Orlando, já que não foi decretado estado de emergência na cidade. Ela acompanha o progresso do furacão por meio de aplicativos em seu celular.
Embora tenha chegado há pouco tempo nos Estados Unidos, Paula já vivenciou o furacão Helene, que causou ventos fortes em Orlando, mas sem a mesma intensidade do Milton.
Importância do Furacão Milton
O furacão Milton, que se aproxima da Flórida, é o terceiro a causar grande preocupação nos Estados Unidos em pouco mais de três meses, levando a crer que este pode ser um dos piores períodos de furacões na história.
Atualmente, a Flórida abriga a terceira maior população de brasileiros nos Estados Unidos, com uma estimativa de 295 mil pessoas vivendo no estado, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores.
Histórico Recente de Furacões
O furacão Helene, que ocorreu no final de setembro, deixou um rastro de devastação em seis estados, resultando em pelo menos 200 mortes. Antes dele, o furacão Beryl atingiu a intensidade máxima no Caribe.
Avisos da Agência de Emergências
A Agência Federal de Gestão de Emergências dos Estados Unidos (FEMA) confirmou que as inundações provocadas pelo Milton podem ser mortais, com a Casa Branca emitindo alertas sobre o assunto. O furacão deve causar um aumento significativo do nível do mar e inundações em várias áreas da Flórida, chegando até 3,6 metros em algumas regiões.
Diante dessa situação, parques como os da Disney e Universal Orlando Resort fecharão temporariamente, com previsão de reabertura condicionada à avaliação dos danos após a passagem do furacão.
Intensificação do Furacão
O furacão Milton se intensificou rapidamente no dia 7 de outubro, passando de uma tempestade tropical à categoria 5 em menos de 24 horas. Isso o torna uma das intensificações mais rápidas registradas no Oceano Atlântico.
Com ventos de até 285 km/h, o furacão foi considerado muito mais forte do que as previsões iniciais. O fenômeno progrediu de uma categoria para outra em um tempo recorde e seus ventos aumentaram 148 km/h em apenas 24 horas, um feito que supera a maioria dos furacões anteriores.
Segundo especialistas, essa velocidade de intensificação se deve ao pequeno “olho do furacão,” semelhante ao de furacões como Wilma. A situação requer atenção constante e cuidados especiais da população afetada.