Conversa entre Biden e Netanyahu
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tiveram uma conversa na última quinta-feira (17) após a confirmação de que Israel eliminou Yahya Sinwar, o líder do Hamas. Essa informação foi divulgada por uma autoridade.
Durante a ligação, Biden parabenizou as Forças de Defesa de Israel (FDI) pelo “excelente trabalho” realizado, conforme nota do gabinete de Netanyahu. Ambos os líderes concordaram sobre a possibilidade de “avançar na libertação” de reféns atualmente em poder do Hamas, reafirmando sua colaboração para alcançar esse objetivo.
No momento, existem 109 reféns israelenses em Gaza, sendo que 36 deles são considerados mortos, segundo informações do Gabinete de Imprensa do governo israelense. Antes, Biden já havia se manifestado a respeito, declarando que a morte de Sinwar foi um “bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”.
Declarações do Ministro da Defesa de Israel
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o país continuará a “perseguir e eliminar” seus inimigos. Essa declaração foi feita no contexto das investigações sobre a morte de Sinwar. “Nossos inimigos não podem se esconder. Nós os perseguiremos e eliminaremos”, disse Gallant.
Quem foi Yahya Sinwar?
Yahya Sinwar nasceu em 1962, em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza. Ele foi uma figura proeminente dentro do Hamas, sendo responsável pela criação do braço militar do grupo, e, mais tarde, formou laços significativos com potências árabes como líder político.
Em 2017, Sinwar foi eleito para o Politburo, o principal órgão de decisão do Hamas, e desde então se tornou seu líder de fato. Ele foi considerado um terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e sancionado por vários países, incluindo Reino Unido e França.
Contexto do Conflito na Faixa de Gaza
Desde o ano passado, Israel tem executado intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza, em resposta a invasões do Hamas que resultaram na morte de mais de 1.200 israelenses. O Hamas, que não reconhece Israel como um estado, reivindica o território israelense para a Palestina.
Benjamin Netanyahu tem prometido repetidamente destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar os reféns. Além de ataques aéreos, o Exército de Israel realizó incursões terrestres, provocando deslocamento em massa da população de Gaza.
A situação humanitária na Faixa de Gaza se tornou crítica, conforme relatórios da ONU e de diversas organizações humanitárias, que destacam a escassez de alimentos, medicamentos e o aumento de doenças.
Após quase um ano de conflitos, houve protestos em Israel contra Netanyahu, com a população reivindicando um acordo de cessar-fogo que possibilite a libertação dos reféns.