Tragédia em Igrejinha
A história das gêmeas Antonia e Manuela Pereira, que viveram uma tragédia em Igrejinha, é marcada por sofrimento e perguntas sem respostas. Antonia, de seis anos, faleceu oito dias após sua irmã gêmea, Manuela. A mãe delas, Gisele Beatriz Dias, encontra-se presa temporariamente, suspeita de envolvimento nas mortes das filhas.
Velório e sepultamento
O velório de Antonia aconteceu na última quinta-feira, 17, em Igrejinha, a cerca de 90 km de Porto Alegre. O sepultamento ocorreu no mesmo local onde Manuela foi enterrada, no Cemitério Municipal. O avô das meninas, Manoel da Cunha Dias, esteve presente, demonstrando a dor pela perda.
- Antonia e Manuela viviam sob a guarda do avô por oito meses.
- A relação conturbada dos pais e problemas de saúde da mãe levaram à resolução judicial.
- Manoel acredita que se as meninas estivessem sob seus cuidados, elas ainda estariam vivas.
O convívio com os avós
De acordo com Manoel, Antonia mostrou resistência à mudança para a casa dos pais, chegando a clamar por ele. Ele recorda carinhosamente os momentos que passou com as meninas e menciona a alegria que elas traziam à sua vida.
As meninas mantinham um contato regular com o avô, sendo monitoradas pela rede de proteção, após episódios que levantaram preocupações. Além disso, elas tinham frequência regular na escola e não apresentavam sinais de maus-tratos.
Investigações em andamento
A Polícia Civil investiga possíveis envenenamentos como causa das mortes. A suspeita surge a partir de relatos médicos que apontam para intoxicações. O delegado Cleber Lima acredita que a mãe pode estar envolvida, com indícios de que ela tenha cometido duplo homicídio.
- A mãe, Gisele, está presa por um período de 30 dias.
- A investigação se concentra na análise de possíveis substâncias que podem ter causado as mortes.
- Problemas psicológicos da mãe são considerados na investigação, com relatos de que ela passou por internações e crises.
A dor da família
A dor da família é profunda. Segundo testemunhos, a mãe das gêmeas enfrentou dificuldades emocionais, especialmente após a morte de um de seus filhos, o que alterou sua capacidade de cuidar das filhas. O pai das meninas não é considerado envolvido nas circunstâncias das mortes, pois estava fora de casa durante os eventos.
Comissão de apuração
Em resposta à tragédia, o Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente de Igrejinha formou uma comissão para investigar possíveis falhas na assistência oferecida à família. O caso continua a provocar preocupações sobre a proteção infantil e o papel das autoridades em situações críticas.