Antonio Cicero: Um Ícone da Cultura Brasileira
Antonio Cicero, amplamente reconhecido por sua contribuição à filosofia, poesia e Música Popular Brasileira (MPB), deixou um legado significativo na cultura do Brasil, a ponto de ser lembrado com uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL).
Infelizmente, Cicero faleceu em 23 de outubro, aos 79 anos, na Suíça, onde ocorreu sua morte assistida.
Nascido em 6 de outubro de 1945, no Rio de Janeiro, ele atuou como compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor. Suas informações são recorrentes nas divulgações da ABL.
Carreira Acadêmica
Cicero iniciou seus estudos em filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e depois no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 1969, devido à Ditadura Militar, ele se mudou para a Inglaterra para concluir seu curso de filosofia na Universidade de Londres.
Em 1976, ele se radicou nos Estados Unidos, onde realizou uma pós-graduação na Universidade de Georgetown. Ao longo de sua trajetória, Cicero lecionou Filosofia e Lógica em diversas universidades no Rio de Janeiro.
Participação de Antonio Cicero na MPB
Embora tenha começado a escrever poesias desde a juventude, a popularidade de Antonio Cicero cresceu principalmente devido à sua irmã, a cantora Marina Lima. Quando ela musicou um de seus poemas, Cicero se sentiu inspirado a criar mais melodias e letras, tanto para sua irmã quanto para outros artistas.
Com Marina Lima, Cicero foi coautor de sucessos como:
- Fullgás
- Pra Começar
- À Francesa
Além disso, ele colaborou com diversos artistas renomados, como João Bosco, Orlando Morais, Adriana Calcanhotto e Lulu Santos. Entre suas mais conhecidas composições está O Último Romântico, de Lulu, lançada em 1984.
Posse na Academia Brasileira de Letras e Obras Publicadas
No dia 10 de agosto de 2017, Antonio Cicero foi eleito para a cadeira número 27 da Academia Brasileira de Letras, ocupando o lugar de Eduardo Portella. Sua posse ocorreu em 16 de março de 2018.
Durante sua carreira, Cicero publicou quatro livros de poesia:
- Guardar (Editora Record, 1996)
- A Cidade e os Livros (Editora Record, 2002)
- Livros de Sombras: Pintura, Cinema e Poesia (2010)
- Porventura (Editora Record, 2012)
Seus poemas foram incluídos em diversas coletâneas, como Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século XX (Objetiva, 2001).
No campo filosófico, Cicero também deixou sua marca ao publicar três ensaios:
- O Mundo Desde o Fim (Francisco Alves, 1995)
- Finalidades Sem Fim (Companhia das Letras, 2005)
- Poesia e Filosofia (Civilização Brasileira, 2012)