O Caso do Advogado e a Nota “Cliente Trouxa”
Um episódio ocorrido em uma ótica em Santos, São Paulo, gerou polêmica nas redes sociais. Um advogado, ao assinar o recibo para a troca de uma armação de óculos, se deparou com a identificação “cliente trouxa”. A situação virou um tema de discussão e gerou diversos comentários na internet. A ótica se defendeu afirmando que a nota foi fruto de um erro de digitação.
Contexto da Situação
A ocorrência se deu após a armação do filho do advogado, Erasmo Fonseca, quebrar uma semana após a troca das lentes na loja. Ao solicitar a substituição da armação, Erasmo recebeu a nota que continha a “ofensa” ao se queixar e afirmar que poderia acionar a Justiça caso não houvesse a troca.
Segundo a ótica, a nota foi escrita rapidamente durante o atendimento, e a expressão “cliente trouxa” seria um erro, onde a intenção era mencionar que o “cliente trouxe” a armação. A data marcada no recibo, “03/10/2024”, estaria relacionada ao momento da troca.
Reações nas Redes Sociais
O advogado ficou surpreso com as críticas que recebeu nas redes sociais. Muitas pessoas foram rápidas em se manifestar, tanto a favor quanto contra. Um comentário dizia: “Imagina sua esposa, seu filho, sua família serem julgados em público por um erro besta”, tentando defender a funcionária da ótica.
A funcionária, por sua vez, embora não tenha sido identificada publicamente, lamentou os comentários negativos que surgiram. Ela declarou: “Fiquei triste com vários comentários maldosos que tiveram nas postagens, falando da minha competência e do meu trabalho”.
Reflexões e Conclusões
Apesar da mágoa gerada pela situação, Erasmo viu o episódio como uma oportunidade de reflexão sobre intolerância e empatia nas interações sociais. Ele ressaltou: “Fui massacrado nos comentários das redes sociais”.
A funcionária expressou preocupação principalmente com a repercussão sobre seu trabalho, afirmando que a situação poderia afetar a sua posição na ótica, embora a empresa não tenha se mostrado prejudicada pelo incidente.
A Troca de Óculos e o Desentendimento
Erasmo procurou a ótica em busca de novas lentes para os óculos de seu filho, que tinha mudado de grau. Ele aceitou trocar apenas as lentes, mantendo a armação adquirida há quase dois anos. Quando voltou à loja uma semana depois para resolver o problema da armação quebrada, enfrentou resistência e foi informado que a troca não poderia ser feita devido a suposto mau uso.
Diante da negativa, Erasmo reafirmou sua intenção de buscar justiça e foi atendido com a troca da armação, embora não fosse a original. Acreditando que o problema foi causado pela manipulação do óculos na hora da troca das lentes, ele aceitou a nova proposta para não deixar o filho sem lente.
A Nota e a Ofensa
Ao assinar o recibo da troca, Erasmo percebeu a expressão “cliente trouxa” e relatou o desconforto que sentiu. A funcionária rapidamente tentou justificar que se tratava de um erro de digitação. Ele se sentiu ofendido e expressou que isso foi muito humilhante, considerando a situação como uma falta de respeito.
A ótica alegou que o incidente foi um mal-entendido e argumentou que a troca não foi justificada pela ofensa, já que o advogado se comportou de forma grosseira durante o atendimento. Erasmo, no entanto, defendeu que suas ações foram legitimadas pela necessidade de exigir o direito ao reparo.
Após se deparar com uma postagem nas redes sociais onde a funcionária admitia o erro, Erasmo decidiu não seguir adiante com a questão legal.