Revogação da Prisão dos Acusados
A Justiça do Acre tomou decisões significativas sobre os acusados da morte do ex-prefeito de Plácido de Castro, Gedeon Barros, que foi assassinado em 20 de maio de 2021. Eliomar de Jesus Mariano, conhecido como Mazinho, ex-secretário de esportes da cidade, teve seu monitoramento eletrônico suspenso, enquanto Weverton Monteiro de Oliveira conseguiu a revogação da prisão.
O juiz Robson Ribeiro Aleixo, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, determinou que os réus aguardem o desfecho do processo em liberdade. O advogado dos indiciados, Wellington Santos, comentou que a decisão foi tomada após considerar que os réus estavam presos há muito tempo sem um julgamento concluído. Até o momento, também não havia sido definida uma nova data para o prosseguimento das audiências.
O Caso Gedeon Barros
Gedeon Barros foi assassinado a tiros no bairro Santa Inês, em Rio Branco. Dois homens em uma motocicleta executaram o ex-prefeito e fugiram para o bairro Belo Jardim, onde se concentraram as buscas da polícia.
A família de Gedeon continua sem esclarecimentos sobre a execução e vive com a angústia da impunidade. Em algumas investigações, foi mencionado que ele tinha uma dívida de R$ 130 mil com Mazinho Mariano. As evidências levantaram questionamentos sobre a inocência de Mazinho e se houve arbitrariedade em sua prisão.
Desdobramentos da Investigação
Em agosto deste ano, Mazinho Mariano foi liberado após oito meses na prisão. A Justiça havia indeferido anteriormente um pedido de liberdade, mas um habeas corpus foi aceito, resultando em sua soltura. Ele e Carmélio da Silva Bezerra foram detidos em uma operação da Polícia Civil, que prendeu outros envolvidos no caso.
No início de fevereiro, um terceiro suspeito, com 38 anos, foi preso em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, durante a Operação Crime Cracker, que cumpriu mandados de busca e prisão a partir de decisões da Justiça acreana.
Acusações e Denúncias
Ainda este ano, a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco recebeu denúncias contra sete indivíduos envolvidos no assassinato de Gedeon Barros, sendo todos acusados de homicídio qualificado. Os réus e suas respectivas acusações incluem:
- Carmélio da Silva Bezerra e Liomar de Jesus Mariano: apontados como mandantes do crime, também são acusados de coação.
- Clebson Rodrigues do Nascimento e Weverton Monteiro Oliveira: considerados responsáveis pela contratação dos executores.
- Antônio Severino de Souza: acusado de repassar informações sobre Gedeon e contribuir para a emboscada.
- João da Silva Cavalcante Junior e Sairo Gonçalvez Petronilio: um foi o motorista da motocicleta usada no crime, e o outro é apontado como autor dos disparos.
Um dos acusados fez uma delação premiada, revelando detalhes sobre os mandantes do assassinato, que, segundo ele, estaria relacionado a uma dívida de Gedeon com agiotas.
Considerações Finais
O juiz Danniel Gustavo Bomfim, ao analisar pedidos de liberdade, ressaltou a necessidade de garantir a ordem pública, mencionando a gravidade do crime e a influência dos acusados na prática de atividades criminosas.
O caso de Gedeon Barros ainda permanece em aberto, com a sociedade aguardando justiça e respostas sobre suas circunstâncias e motivações.