Internação e Prisão
Um bebê de apenas 6 meses continua internado na UTI da Santa Casa em Limeira, São Paulo, após ser socorrido com múltiplas fraturas. O pai da criança foi preso, suspeito de ter causado as agressões. Sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva na tarde de terça-feira, 22 de outubro, o que significa que ele permanecerá detido.
Acolhimento e Proteção
A promotora Aline Moraes, responsável pela Infância e Juventude em Limeira, informou que, assim que o bebê se recuperar, será encaminhado para um abrigo. Ela destacou:
- “Assim que o Ministério Público soube do caso, foi solicitado o acolhimento institucional para garantir a segurança da criança.”
- “Ele será levado a uma casa lar em Limeira, onde há um número reduzido de crianças.”
Além disso, está sendo feita uma busca pela família extensa do bebê, como avós e tios, para verificar a possibilidade de guarda.
Processo Legal
A promotora explicou que, segundo a legislação vigente, o Estatuto da Criança e do Adolescente exige que, após o acolhimento, se pesquise a família extensa que possa assumir a guarda. Se não houver parentes disponíveis, será considerada a possibilidade de adoção.
Detalhes do Caso
O pai, de 30 anos, foi preso na madrugada de terça-feira, após admitir ter agredido o filho devido ao choro constante da criança, de acordo com a polícia. O bebê deu entrada no hospital com fraturas nos braços, fêmur e costela, além de outras lesões graves, incluindo perfuração no pulmão e queimaduras, e deve passar por cirurgia.
O pai, ao levar a criança ao Hospital Humanitário de Limeira, alegou que o bebê havia caído da cama. No entanto, exames revelaram que os ferimentos não eram compatíveis com uma queda, mas sim com sinais de agressão.
Após ser confrontado pelos agentes da Guarda Civil, o homem confessou suas ações. Durante a abordagem, ele tentou resistir à prisão.
Histórico Familiar
De acordo com informações da Polícia Civil, o pai e a mãe do bebê se conheceram em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. A mãe não conseguiu superar o vício e decidiu deixar o cuidado do filho com o pai. O Conselho Tutelar verificou a situação do casal e constatou que moravam em uma casa pertencente a um amigo do pai, que ofereceu abrigo ao casal.