Reunião entre Blinken e Netanyahu
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, destacou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a importância de aproveitar a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas. A declaração foi feita em um comunicado do Departamento de Estado americano. O foco discutido foi sobre como assegurar a libertação dos reféns e encontrar uma solução para encerrar o conflito em Gaza.
Segundo o porta-voz Matt Miller, Blinken enfatizou que é essencial garantir que a ação de Israel contra Sinwar leve à liberação dos reféns e à construção de uma segurança duradoura para israelenses e palestinos.
A reunião entre Blinken e Netanyahu, que ocorreu na terça-feira (22), teve a duração de mais de duas horas e meia. Durante o encontro, os EUA manifestaram a expectativa de que Israel aumente o fornecimento de assistência humanitária à Faixa de Gaza, após a administração Biden pedir melhorias nessa área em um prazo de 30 dias.
O comunicado também alertou que a falta de ação nesse sentido pode acarretar em violações das leis americanas que regulam a assistência militar a outros países, o que pode afetar a ajuda militar dos EUA a Israel.
Ainda não foram definidos os próximos passos para a guerra em Gaza durante as discussões entre as nações.
Compromisso com a Segurança de Israel
Durante a conversa, Blinken reiterou o firme compromisso dos EUA com a segurança de Israel, além da necessidade de prevenir novas agressões regionais por parte do Irã e de seus aliados.
Reunião Amigável e Produtiva
O gabinete de Netanyahu classificou a reunião como “amigável e produtiva”, mencionando que a ameaça iraniana foi um dos tópicos centrais discutidos. Em um ponto destacado, Blinken expressou sua preocupação com um recente ataque de drones à residência de Netanyahu e reafirmou que Israel deve continuar esforços para resgatar os reféns retidos pelo Hamas.
Escalada dos Conflitos no Oriente Médio
O conflito no Oriente Médio ganhou nova dimensão após um ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro. Esse evento exemplifica o crescente embate entre Israel, que possui o apoio dos Estados Unidos, e o Eixo da Resistência, que recebe suporte financeiro e militar do Irã, incluindo grupos paramilitares variados.
Atualmente, existem sete frentes de conflito abertas:
- República Islâmica do Irã
- Hamas, na Faixa de Gaza
- Hezbollah, no Líbano
- Governo Sírio e suas milícias
- Houthis, no Iémen
- Grupos xiitas no Iraque
- Diversas organizações militantes na Cisjordânia
A presença israelense se destaca em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, além de realizar bombardeios em outros pontos de conflito.
Operações Militares e Consequências
No dia 30 de setembro, Israel iniciou uma operação terrestre limitada no Líbano, um movimento que ocorreu após o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. As Forças de Defesa de Israel informaram que atingiram a cadeia de comando do grupo com bombardeios recentes.
O dia 23 de setembro foi o mais letal para o Líbano desde a guerra de 2006, resultando em mais de 500 vítimas fatais. O Itamaraty lamentou a morte de dois adolescentes brasileiros nesse contexto e pediu o fim das hostilidades.
Frente ao aumento da violência, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar cidadãos que se encontravam no Líbano.
A Crise em Gaza
Na Cisjordânia, as ações militares de Israel visam desarticular grupos contrários à ocupação de território palestino. Na Faixa de Gaza, o foco está em erradicar o Hamas, que foi responsável por um ataque em 7 de outubro, resultando em mais de 1.200 mortos, segundo relatos do governo israelense. As operações israelenses na região causaram a morte de mais de 40 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde local.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi eliminado pelas forças israelenses no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.