Liberdade Provisória do Capitão Helton
O capitão da Polícia Militar, Helton John Silva de Souza, de 48 anos, foi solto em 22 de agosto após estar preso desde maio. Ele é suspeito de envolvimento no assassinato de Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57 anos. A decisão foi proferida pelo juiz Breno Jorge Portela Silva Coutinho, da 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri. Apesar da liberdade, Helton deve seguir algumas medidas cautelares.
Medidas Cautelares Impostas
As medidas cautelares determinadas para Helton incluem:
- Proibição de ausentar-se sem autorização judicial;
- Comparecimento ao juízo sempre que solicitado;
- Proibição de contato com outros investigados e testemunhas do caso, seja por comunicação direta ou indiretamente.
Envolvimento e Investigação
Helton John era chefe da segurança do governador de Roraima na época do crime. A Polícia Civil revelou que ele estava com os executores no dia do assassinato, e um de seus amigos, Caio de Medeiros Porto, é um dos principais suspeitos. Caio permanece foragido.
Informações indicam que, momentos antes do ataque, Flávia gravou uma conversa que pode ter capturado a voz de Helton. No dia do crime, o capitão, após voltar para casa, relatou à esposa que algo grave havia acontecido e, em seguida, foi para uma partida de futevôlei, com a arma do crime em sua posse.
A polícia encontrou a arma escondida na casa de Helton, e ele admitiu ter utilizado esse armamento no crime. Além disso, ele foi orientado a se desfazer de seu celular após o assassinato.
O Crime em Detalhes
O assassinato do casal ocorreu em 23 de abril, na propriedade situada na vicinal do Surrão. Jânio Bonfim foi morto no local, enquanto Flávia, que ficou gravemente ferida, não resistiu aos ferimentos e faleceu posteriormente no Hospital Geral de Roraima.
A investigação concluiu que a disputa por terras motivou o crime. Caio havia exigido que Jânio interrompesse a construção de uma cerca em sua propriedade. Antes de ser atacada, Flávia gravou a chegada do grupo de assaltantes e a discussão que precedeu os disparos, facilitando a identificação dos suspeitos.
Na audiência que decidiu pela liberdade de Helton, o juiz ouviu sete testemunhas apresentadas pela defesa, além de Genivaldo Lopes e Johnny de Almeida, envolvidos no caso.