Impactos da falta de chuvas no Rio Piracicaba
A escassez de chuvas tem afetado significativamente a qualidade da água do Rio Piracicaba, especialmente em trechos próximos a Americana (SP), onde a proliferação de plantas aquáticas tem sido intensa. Essa saturação de vegetação aquática chega ao ponto de obscurecer a visibilidade da água em algumas áreas.
Proliferação de plantas aquáticas
Imagens capturadas pela equipe da EPTV mostram um extenso “tapete verde” se formando ao longo do rio, especialmente na ponte sobre a Rodovia Anhanguera (SP-330), perto do quilômetro 130. No local, é difícil perceber a água devido ao acúmulo de aguapés.
Na medição mais recente realizada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo, foi observado que a vazão do Rio Piracicaba está 74% abaixo da média histórica para o mês de outubro.
Consequências para o ecossistema
De acordo com o professor Plínio Barbosa de Camargo, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), ligado à Esalq/USP, a quantidade de plantas aquáticas presentes no rio é superior ao que se considera normal. Ele alerta que o acúmulo excessivo de aguapés pode trazer sérias consequências para o ecossistema aquático.
- Pode causar a morte de peixes: Quando essas plantas começam a morrer, geram uma grande quantidade de matéria orgânica na água, o que pode levar à morte dos peixes que habitam o rio.
- Proliferação por nutrientes: A quantidade de nutrientes disponíveis contribui para que os aguapés se propaguem rapidamente.
- Importância da chuva: Segundo o especialista, uma chuva intensa poderia ajudar a deslocar essas plantas pela correnteza, reduzindo sua concentração.
O cenário atual destaca a necessidade urgente de monitoramento e intervenção para garantir a saúde do Rio Piracicaba e preservar a vida aquática que depende desse ecossistema. A situação é um lembrete da importância das chuvas para a manutenção do equilíbrio ambiental na região.