Acusações de Espionagem em Israel
Sete cidadãos israelenses foram formalmente acusados pelo Ministério Público de Israel de espionagem em favor do Irã, na última segunda-feira, dia 21. Esse grupo, que é composto por judeus originários do Azerbaijão e que reside em Haifa, inclui dois menores de idade, um soldado que desertou e um pai acompanhado de seu filho.
Atividades do Grupo Acusado
Conforme os promotores, ao longo de dois anos, o grupo participou de aproximadamente 600 missões em colaboração com o Irã. Essas atividades envolviam:
- Coleta de informações em bases militares e locais de infraestrutura sensíveis.
- Identificação de potenciais alvos humanos.
A denúncia formal contra os sete acusados, que inclui o crime de assistência ao inimigo durante um conflito armado, será apresentada ao tribunal nesta sexta-feira, dia 25. Vale ressaltar que a pena para essa acusação pode ser a prisão perpétua.
Motivações e Pagamentos
A investigação policial, que levou à prisão dos suspeitos há pouco mais de um mês, revelou que eles eram motivados financeiramente. O pagamento por suas atividades variava conforme o risco da operação realizada. O líder do grupo transmitia ordens por meio de um intermediário turco, enquanto os membros recebiam pagamentos em shekels, realizados por intermediários russos que visitavam Israel. Durante a investigação, a polícia apreendeu também diversos documentos relevantes.
Consequências e Revelações
O chefe do Departamento de Segurança de Israel anunciou que os alvos atingidos pelo Irã em um ataque com mísseis, realizado no início deste mês, haviam sido monitorados e indicados por esse grupo de espionagem. Os suspeitos foram enviados para fotografar os alvos antes do ataque e, posteriormente, verificar os estragos causados.
Contexto Internacional e Resposta do Irã
A Procuradoria do Estado de Israel qualificou este caso como um dos mais sérios investigados nos últimos anos, sendo que o Shin Bet, a agência de segurança interna, iniciou a apuração há cerca de dois meses. No dia 1º de outubro, uma intensa salva de mísseis iranianos foi disparada contra Israel em retaliação pela morte de líderes aliados do Irã, como o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Recentemente, a missão do Irã na ONU declarou que a morte do chefe do Hamas, Yahya Sinwar, fortalecerá o “espírito de resistência” no território palestino. O governo iraniano afirmou que enquanto persistirem a ocupação e a agressão, a resistência continuará viva. Além disso, a comunidade internacional está em expectativa sobre um possível contra-ataque de Israel, que deverá ocorrer antes das eleições norte-americanas marcadas para 5 de novembro.