O Ataque em Cubatão
Uma mulher de 73 anos, identificada como Maria Aparecida de Moura, foi vítima de um ataque de cachorro em Cubatão, São Paulo. Maria relatou que caminhava pela rua quando foi surpreendida por um pitbull que havia conseguido sair de casa por uma fresta no portão, que estava aberto pelo tutor do animal, que ainda não foi localizado. A idosa precisou receber mais de 15 pontos no braço direito após o ataque.
A Situação no Momento do Ataque
Maria costuma passar pela Rua Sete de Setembro, no bairro Vila Nova, a caminho do trabalho. Na manhã do incidente, por volta das 8 horas de quinta-feira (17), ela viu o tutor do pitbull deixando o portão aberto enquanto carregava outro cachorro no colo. O pitbull, então, aproveitou a oportunidade e atacou Maria, mordendo seu braço e não a soltando. “O cachorro ficou grudado no meu braço e não soltava. Eu gritava”, lembrou.
O tutor do animal também começou a gritar pedindo ajuda, mas não soltou o outro cachorro que carregava, dificultando a situação. Após cerca de 10 segundos, o pitbull finalmente soltou o braço da idosa. “Na hora, foi um impacto porque eu não esperava que aquela fera vinha em cima de mim. Eu só queria que aquele animal soltasse o meu braço porque foi muito feio”, desabafou.
Depois de soltar o braço, o pitbull ainda tentou atacar as pernas de Maria, mas o tutor conseguiu levar o cachorro de volta para dentro de casa antes que o ataque se intensificasse.
Atendimento Médico
Após o ataque, a vítima foi levada ao Pronto-Socorro Central de Cubatão por funcionários de uma empresa que trabalha nas proximidades. Segundo o boletim de ocorrência, Maria passou por um procedimento cirúrgico, recebendo vacinas e medicamentos para tratar das lesões. Ela comentou que a esposa do dono do pitbull a procurou no hospital, mas seus relatos sobre o comportamento do cachorro não foram consistentes.
Maria, ainda assustada, decidiu registrar o caso no 3º Distrito Policial (DP), onde foi classificado como omissão de cautela na guarda de animais. Ela revelou que vizinhos do tutor informaram que o pitbull já havia atacado outros animais e causado ferimentos em pessoas. A idosa está traumatizada e pretende mudar seu trajeto até o trabalho, pois até mesmo barulhos comuns a fazem lembrar do ataque.
Entendendo os Pitbulls
O médico veterinário Maurício Souza de Moura, que também é ex-criador da raça, explicou que o pitbull é um cão de porte médio, originalmente desenvolvido nos Estados Unidos para funções de combate entre cães, uma prática que não é mais permitida. Apesar de sua reputação, Maurício afirmou que os pitbulls não são naturalmente agressivos com humanos, e que agressividade em um indivíduo pode ser resultado de um desvio de comportamento e não uma característica da raça.
Dicas de Segurança
Para se proteger em caso de um ataque de cachorro, o veterinário aconselha que a pessoa mantenha a calma e permaneça em pé, adotando uma postura ereta. É importante tentar afastar o animal e evitar reações que possam gerar uma resposta instintiva de luta ou fuga.
- Mantenha a calma e não entre em pânico.
- Adote uma postura ereta e confiante.
- Tente afastar o cachorro de forma segura.
Se o ataque não puder ser evitado, é recomendado manter-se em pé e permitir que o cachorro morda áreas que são mais fáceis de recuperar, como o braço, ao invés de arriscar a vida.
A Conduta do Tutor
No caso de um ataque em casa, o tutor deve identificar o que provocou o comportamento agressivo e buscar a ajuda de especialistas para uma avaliação. Se o animal apresentar problemas sérios de comportamento, a reabilitação em centros especializados pode ser necessária, e a eutanásia deve ser considerada apenas como última alternativa.
Se o ataque ocorrer na rua, o tutor deve avaliar sua responsabilidade quanto ao controle do animal, utilizando coleira, enforcador e focinheira, como determina a legislação, mesmo que o cachorro tenha um temperamento calmo. Essa postura é fundamental para a segurança de todos.