Clamor pelo Fair Play Financeiro
O presidente do Vitória, Fábio Mota, fez um apelo pela implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Durante uma coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira, dia 18, Mota expressou sua indignação quanto à impunidade que envolve os dirigentes no cenário esportivo do país, e voltou a criticar o Corinthians.
“Clubes com investimento muito maior, que continuam contratando sem pagar ninguém. Não têm fair play. O Corinthians contratou jogador para pagar R$ 3 milhões por mês, brigando com a gente cabeça a cabeça. Enquanto isso, não consegue pagar o salário do mês”, afirmou Mota.
Corrida Contra o Rebaixamento
Atualmente, tanto o Leão quanto o Timão lutam para evitar o rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro. No momento, o Corinthians ocupa a 16ª posição, com 32 pontos em 30 jogos, enquanto o Vitória se encontra em 18º lugar, somando 29 pontos em 29 partidas.
Fábio Mota ainda ressaltou: “E deve mais de R$ 2,5 bilhões. Essa loucura tem que acabar. Tem que ter fair play, legislação. No futebol não tem. Não pode ser assim. Ou você muda isso, ou o futebol brasileiro fica descredenciado para o mundo”.
Críticas Repetidas ao Corinthians
Essa não é a primeira vez que o presidente do Vitória manifesta suas críticas ao Corinthians. No início de setembro, Mota destacou a “solidez” financeira de seu clube ao comparar com os paulistas.
“O Vitória hoje é uma instituição sólida, que não deve nada a ninguém, que está com suas contas em dia. Com as dívidas parceladas, não está no SPC, não está no Serasa, tem todas as certidões. Precisa de investimento, é lógico. Você vê o Corinthians contratar 200, 300 milhões de jogadores devendo R$ 2 bilhões. Não é isso o que queremos para o Vitória”, disse o dirigente.
Dívida do Corinthians
Três dias após essas declarações, o clube paulista revisou o valor de sua dívida, que agora é de R$ 2,3 bilhões. Esses R$ 2,311 bilhões estão distribuídos da seguinte forma:
- R$ 924 milhões em dívidas onerosas (como direitos de imagem, entre outras)
- R$ 676 milhões em parcelamento tributário
- R$ 710 milhões referentes à Neo Química Arena